O acampamento de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro no Quartel General do Exército, em Brasília, começou a ser desmontado nesta segunda-feira. Aproximadamente 2 mil pessoas foram retiradas em cerca de 40 ônibus disponibilizados pelo governo do Distrito Federal, segundo a Comunicação do Exército.
Essas pessoas são levadas para a Academia Nacional da Polícia Federal. Elas vão passar por uma triagem, para identificação e checagem, para averiguar se têm relação com os atos golpistas de domingo nas sedes dos três Poderes da República. Não houve resistência por parte dos acampados. Barracas e lonas estão sendo retiradas pelos soldados. A estrutura era grande, com barracas de vários tamanhos, freezers, fogões, móveis e galões de combustível.
A desmobilização do acampamento ocorre depois de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O magistrado deu 24 horas para o fim das aglomerações nas regiões de quartéis.
A operação foi definida na noite de domingo em reunião com os ministros da Justiça, da Defesa, da Casa Civil e o comandante do exército, segundo a assessoria da Força. São 960 soldados do exército na operação, que é realizada em conjunto com a polícia militar do DF.