CPMI do 8 de janeiro aprova cinco novos depoimentos
Foram várias as tentativas de acordo quanto aos requerimentos que seriam votados e, depois de três horas de atraso, a CPI Mista do 8 de janeiro acabou aprovando os pedidos de depoimento de cinco pessoas consideradas fundamentais – seja pelo governo ou pela oposição – para as investigações. Entre eles, o do hacker Walter Delgatti, preso nessa quarta-feira pela Polícia Federal, na operação que teve como um dos alvos a deputada Carla Zambelli. A ideia é entender como ela teria atuado para tirar a legitimidade das urnas nas eleições dentro de um dos focos da CPI que é, justamente, analisar esse período anterior aos ataques.
Os parlamentares aprovaram, ainda, a convocação do sargento Luís Marcos dos Reis que também trabalhava na ajudância de ordens de Jair Bolsonaro junto com Mauro Cid, da subsecretária de Operações Integradas do Distrito Federal, Cíntia Queiroz de Castro, da policial Marcela da Silva Morais Pinno e do fotógrafo Adriano Machado, que fez imagens do dia da invasão. Aliás, a convocação dele foi a que gerou bate boca entre os parlamentares.
A base aliada alegava que ele não poderia ser chamado à CPI porque estava a trabalho no dia da invasão e a Constituição prevê o sigilo da atividade jornalística. Já para a oposição, Adriano seria uma espécie de “cúmplice” dos golpistas.
Antes do início da votação, a deputada Duda Salabert e o deputado Nikolas Ferreira chegaram a trocar farpas. O motivo foi, justamente, a pauta de votações. Ao que o presidente da CPI Mista, Arthur Maia, ponderou:
Essas convocações ainda não têm data para ocorrer, mas uma outra, também considerada fundamental para as investigações foi marcada. A do ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Ele, que ficou quatro meses preso acusado de omissão no dia dos ataques e está cumprindo medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica em casa, será ouvido na terça que vem, às nove da manhã.