Sessão solene no Senado comemora os 40 anos da redemocratização

Em meio às discussões, na Câmara, em torno do projeto que anistia os golpistas do 8 de janeiro, o Senado se reúne em sessão solene para lembrar os 40 anos da redemocratização. E a palavra democracia foi uma das mais ouvidas nos discursos. Entre eles, do presidente da Casa, Davi Alcolumbre, que falou sobre futuro.
"Esta sessão sirva não apenas para relembrar o passado, mas para reafirmarmos o nosso compromisso com o futuro do Brasil, com o fortalecimento da democracia e com a busca permanente por um país mais justo e mais próspero para todos. Vida longa à democracia".
O PL da Anistia está parado na Câmara, aguardando a criação de comissão especial. A oposição promete apresentar requerimento de urgência para acelerar a votação.
Enquanto isso, a Câmara aguarda. Não instalou nem ao menos as comissões permanentes. Já no Senado, além do atual presidente ter falado em democracia, o ex-presidente da Casa Rodrigo Pacheco, reforçou.
"A luta pela democracia é uma luta constante, diária. O monstro não está exterminado daqueles que pensam que outro regime pode ser instalado no Brasil e em outros países do mundo. De modo que homens públicos de uma nova geração devem se inspirar nesses ensinamentos daqueles que se sacrificaram muito, que foram muito incompreendidos, muito atacados, muito ofendidos, mas que jamais baixaram a guarda para aqueles autoritários que, se apregoando perfeitos, são na verdade irresponsáveis por pretenderem exterminar com a nossa democracia".
O ministro do Supremo, Dias Tóffoli, lembrou que a democracia é um processo que precisa ser construído.
"Não existe um sistema democrático que seja a perfeição. Estamos sempre a discutir reformas políticas, reformas partidárias para aprimorar a democracia".
O grande homenageado da sessão foi o ex-presidente José Sarney, considerado pelos parlamentares “peça-chave” na redemocratização. A homenagem acontece, às vésperas de Sarney completar 95 anos.




