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Saúde

Menina picada por escorpião morre em São Paulo; antídoto não foi administrado a tempo

Soro antiescorpiônico
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Eliane Gonçalves
16/10/2019 - 20:26
São Paulo

Uma menina de 7 anos morreu depois de ser picada por um escorpião em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo.

 

A criança chegou nas primeiras horas da manhã de segunda-feira, na UPA de Franco da Rocha, em estado grave.

 

Segundo a Secretaria de Saúde do município, ela foi atendida imediatamente pela equipe de plantão e depois transferida para a UTI pediátrica do Hospital Estadual Francisco Morato e não para a Santa Casa, que tinha o soro antiescorpiônico.

 

Já segundo a Secretaria de Saúde do estado, a criança foi encaminhada para o hospital estadual sem comunicação prévia à Santa Casa, deu entrada pouco antes das 7 da manhã em estado gravíssimo e só recebeu o antídoto uma hora depois, mas não resistiu.

 

A avó da menina, de 63 anos, morreu horas depois de saber da morte da neta. Ela teve uma parada cardíaca e foi atendida no mesmo hospital onde estava a criança. Agora, a Polícia Civil investiga a morte da menina.

 

Em nota, a Secretaria de Saúde do estado informou que, nesses tipos de acidentes, o primeiro atendimento deve ser feito por um médico, para avaliação de risco e estabilização do paciente.

 

Também em nota, a prefeitura de Franco da Rocha disse que a opção de transferir a criança para hospital estadual e não para a Santa Casa foi feita pelo médico, depois que a criança foi atendida e o quadro de saúde estabilizado.


O Ministério da Saúde é responsável pela compra do soro e nega falta nos estoques. Segundo a pasta, em 2019, foram mais de 21 mil ampolas para todo o país, quase 4,5 mil para o estado de São Paulo.


Em 87% dos casos de picadas de escorpião, as vítimas não precisam tomar o soro. A recomendação para todos os casos é procurar imediatamente o serviço de saúde. Lavar o local com água e sabão e aplicar compressa morna também ajuda, desde que isso não atrase a chegada até a unidade de saúde.


O que não se deve fazer é usar torniquetes, espremer o local da picada ou tentar sugar a feriada.

 

Em todo o país, o número de acidentes com escorpiões não para de crescer. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, em 2018, foram quase 157 mil casos. O número é quase quatro vezes maior que o registrado dez anos antes. No ano passado, 103 pessoas morreram.


Em São Paulo, só este ano, foram registrados quase 18 mil casos de picadas de escorpião e cinco mortes até o dia 12 de agosto.

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