Após a divulgação de que a Vitamina D seria uma importante aliada no combate ao novo coronavírus, o assunto acabou ganhando destaque nas redes sociais e chamando a atenção da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A SBD alerta que, até o momento, não há qualquer evidencia científica de que o nutriente, que tem o sol como principal ativador, pode ajudar no tratamento e até na prevenção de Covid-19. A conclusão faz parte de um documento divulgado recentemente pela SBD. De acordo com o texto, as indicações nesse sentido ainda carecem de mais estudos e pesquisas.
Disponibilizado no último domingo, o estudo afirma que a população deve adotar, com parte da rotina, uma alimentação balanceada, a prática de atividade física regular e a exposição ao sol leve e habitual, o que pode estimular a produção de vitamina D no organismo. Mas o relatório, que é resultado da análise de vários trabalhos científicos já publicados, destaca que os benefícios sobre o novo vírus ainda precisam ser avaliados.
O coordenador científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Helio Miot, explica que mesmo durante a quarentena e o isolamento social, não é recomendada a exposição intencional ao sol como forma de repor os níveis de vitamina D. Helio Miot ressalta que somente indivíduos que comprovadamente tenham carência do nutriente devem fazer uso da suplementação.
O trabalho sugere, ainda, que além da população considerada de risco, como idosos, imunocomprometidos e portadores de doenças crônicas, as pessoas com deficiências de nutrientes também têm a resposta imunológica prejudicada e, por isso, se tornam mais susceptíveis às complicações causadas por Covid-19. Mas, a SBD reforça que qualquer informação que garanta que a vitamina D protege contra o coronavírus é prematura e irresponsável.
