Fiocruz retoma projeto com bactéria Wolbachia para combate à dengue, zyka e chikungunya
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) retomou nesta segunda-feira (22) o programa de liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que os impede de transmitir a dengue, a zika e a chikungunya.
O programa estava suspenso há três meses por causa da pandemia do novo coronavírus e a retomada será gradual, começando pelos bairros de Ramos, Olaria e Bonsucesso, na zona norte da capital fluminense. As liberações vão durar 16 semanas, sempre no período da manhã e por meio do veículo identificado como “Saúde Fiocruz”.
Os mosquitos que carregam a Wolbachia vão se reproduzir com os Aedes aegypti que já estão no ambiente e criar uma nova geração com a bactéria, que impede o desenvolvimento do vírus da dengue, da zika, chikungunya e também da febre amarela.
O pesquisador da Fiocruz e líder do método Wolbachia no Brasil, explica que a bactéria é muito comum na natureza e que não faz mal à saúde. Mas destaca a importância de não se descuidar das ações de prevenção à proliferação do mosquito.
O projeto está em 12 países e no Brasil começou por Niterói, há cinco anos, onde dados preliminares apontam a redução de 75% nos casos de chikungunya. Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Belo Horizonte, em Minas, e Petrolina, em Pernambuco, também já recebem o projeto.
A Secretaria de estado de Saúde informou que de janeiro, até o último dia 16 de junho, foram notificados em todo o estado 3.964 casos de dengue e uma morte; 100 casos de zika e 3.322 de chikungunia, com uma morte. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 26.493 casos de dengue; 1079 de zika e 69.017 de chikungunya, com 19 mortes.
Sobre a febre amarela, a Secretaria de estado de Saúde diz que nenhum caso da doença foi registrado em 2019 e neste ano.