Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais: saiba como se prevenir

A professora Gilsa Santana, 53 anos, foi diagnosticada com hepatite C quando participava de uma ação de testagem.

Uma doença silenciosa, sem sintomas e que pode levar décadas até ser descoberta.

Hoje, 7 em cada 10 brasileiros com hepatite não sabem que estão infectados. A hepatite C é uma inflamação do fígado, doença grave, e se não for tratada pode evoluir para cirrose ou câncer.

A boa notícia é que o diagnóstico é simples e rápido, por meio de exame de sangue. Outra boa notícia é que a hepatite C tem cura, como explica a especialista em doenças do aparelho digestivo e hepatologista, a médica Daniela Louro.

Já outros tipos de hepatite podem apresentar os primeiros sinais na fase inicial. Existem cinco tipos da doença; no Brasil, as mais frequentes são a A, B e C . Febre, olhos amarelados, manchas na pele e vômito são alguns dos sinais de que algo está errado com o fígado, segundo o médico Paulo Abraão, professor da Universidade Federal de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de infectologia.

Cada tipo de hepatite tem uma forma de contágio diferente. A hepatite A é transmitida por água contaminada, por exemplo. O especialista Paulo Abraão detalha a forma de contágio mais comum em cada tipo da doença.

A maioria dos pacientes não sabe onde se infectou. É o caso de João Silveira de 41 anos, nome fictício, que descobriu uma hepatite B já em estado avançado.

Para evitar casos como esses é preciso investir em políticas públicas e informar a população sobre o perigo e os impactos da doença. É o que afirma a médica Daniela Louro, que lidera campanhas em locais públicos para o diagnóstico rápido.

A meta do Ministério da Saúde é eliminar a hepatite viral até 2030. No ano passado, foram realizados mais de 48 mil tratamentos pela rede pública, com uma taxa de sucesso próxima a 100%.

As hepatites A e B podem ser evitadas com vacinas. Elas são seguras e eficazes. Ainda não há vacina para a hepatite C, mas assim como a hepatite B existe o tratamento de forma gratuita pelo SUS e com uma alta taxa de recuperação.

A orientação dos especialistas é: peça ao seu médico um exame para o diagnóstico precoce, ele pode salvar sua vida.

*Produção de Rosemary Cavalcante