Vacina contra a covid-19 será incluída no programa de vacinação
O Ministério da Saúde negocia a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac contra a covid-19. O medicamento é desenvolvido pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório Sinovac. O ministro Eduardo Pazuello anunciou a decisão durante uma reunião virtual nesta terça-feira (20), com os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal.
Para fazer a compra das vacinas, o governo federal deve editar uma nova Medida Provisória para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão. O Ministério da Saúde também vai destinar R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan. Isso vai incrementar a capacidade de produção da vacina.
A ideia é incluir a vacina chinesa no Programa Nacional de Imunizações, junto com as 100 milhões de doses da Universidade de Oxford, com o laboratório AstraZeneca, e outras 40 milhões de doses do consórcio internacional Covax Facility. Ao todo, a expectativa é de ter, pelo menos, 186 milhões de doses ainda no primeiro semestre do ano que vem. Mas não significa que a imunização vai atingir o mesmo número de pessoas. Isso porque ela deve ser feita em duas doses.
No segundo semestre de 2021, o laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz, deve entregar de 100 a 165 milhões de doses a mais da vacina da AstraZeneca fabricadas no Brasil.
A expectativa é de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalie nas próximas semanas os resultados dos testes tanto da vacina Butantan-Sinovac quanto da Oxford-AstraZeneca. As vacinas só terão o registro se a Anvisa concluir que elas são seguras e eficazes.
Uma câmara técnica formada em setembro deve detalhar até o mês de dezembro a estratégia de vacinação na rede pública de saúde. Inicialmente, a expectativa é de imunizar, em todo o país, idosos a partir de 80 anos, pessoas com comorbidades - são aquelas com duas ou mais doenças que se associam - e também profissionais de saúde e segurança pública, que são considerados mais vulneráveis à forma grave da covid-19.
Nesta terça-feira, o país registrou 23.227 novos casos e 661 mortes causadas pela doença. Até agora, 5 milhões e 273 mil pessoas tiveram diagnóstico positivo, e 154.837 brasileiros perderam a luta contra o coronavírus. O balanço foi divulgado pelo Ministério da Saúde.