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Saúde

Anvisa mantém suspensão de testes da Coronavac

Por causa da interrupção, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado
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Renata Martins
10/11/2020 - 20:16
Brasília
A diretora da ANVISA, Alessandra Bastos, o diretor-presidente, Antonio Barra e o Gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, Gustavo Mendes, durante entrevista coletiva  para falar sobre a interrupção dos estudos da vacina Coronavac
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, manteve a suspensão dos testes da Coronavac e afirmou que não há prazo para liberação.

Diretores da Agência participaram de coletiva, em Brasília, na tarde dessa terça-feira (10), para explicar os motivos que levaram a suspensão dos testes no país com a vacina contra o coronavírus da farmacêutica chinesa Sinovac.

Por causa da interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado. A decisão ocorreu na segunda-feira (09), três horas depois de receber notificação do Instituto Butantan, responsável pelos testes no Brasil, sobre a ocorrência de um “efeito adverso grave não esperado” em um dos participantes.

Segundo o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, a medida faz parte dos processos de pesquisa e lembra que outras pesquisas foram suspensas.

Porém, o Instituto Butantan questiona o rápido tempo de análise para decisão e as razões para suspensão. Em outubro, por exemplo, um médico brasileiro que tomou a vacina em teste da Universidade de Oxford morreu devido a complicações da covid-19.

Neste caso, a Anvisa não suspendeu os testes, pois ao ser notificada, o Comitê Internacional de Avaliação de Segurança sugeriu o prosseguimento do estudo, porque o voluntário estava no grupo que foi vacinado com placebo.

No evento relacionado à vacina chinesa a causa morte foi suicídio. Que para o Butantan não tem relação com a vacina. A Anvisa alegou que o Instituto não deu detalhes e que apenas teria informado a ocorrência de um evento adverso grave ocorrido no dia 29 de outubro.

Em reunião nesta terça-feira entre técnicos da Anvisa e do Butantan, o instituto apresentou mais detalhes da morte. Mas segundo Gustavo Mendes, gerente geral de medicamentos, nada mudou.

À noite, a Anvisa informou que recebeu documento emitido pelo Comitê Internacional Independente de Análise do evento adverso grave não esperado relativo à vacina Coronavac. Segundo a Agência, o documento está sob análise do grupo interno da Anvisa.

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