Fiocruz lança pesquisa sobre trabalhadores invisíveis

O estudo vai detalhar as condições dessas pessoas durante a pandemia

Publicado em 19/01/2021 - 17:25 Por Tâmara Freire - Rio de Janeiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou uma pesquisa com foco nos chamados trabalhadores invisíveis da área de saúde. O objetivo é analisar as condições de vida, o cotidiano do trabalho e a saúde mental desses profissionais. E, também, as mudanças ocorridas devido à pandemia de coronavírus.
O campo da pesquisa engloba 50 categorias, como técnicos e auxiliares de enfermagem, de raio-x e de análise laboratorial, motoristas de ambulância, e agentes de segurança e de limpeza.

Eles são chamados de trabalhadores invisíveis pois, apesar de essenciais para o funcionamento dos serviços de saúde, não recebem a mesma atenção que médicos ou enfermeiros, de acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria Helena Machado: “Por que buscá-los? Contribuir na sensibilização social e na construção de políticas públicas de inclusão social, maior valorização e proteção a esses trabalhadores tão invisíveis aos olhos da população usuária, como também, até mesmo das próprias equipes de saúde. É importante dizer que esses trabalhadores são tão importantes quanto os médicos enfermeiros, farmacêuticos, por exemplo. Uma vez que o seu trabalho é essencial desde a recepção, a segurança, a limpeza do ambiente, como transporte de milhares de pacientes contaminados necessitando de ajuda imediata, nos exames a serem realizados, nos equipamentos, nos insumos, para assistência plena à população”.

No Brasil, contabiliza-se mais de 2 milhões de trabalhadores de nível técnico, auxiliar e apoio, dos quais 1,5 milhão estão na linha de frente do enfrentamento à Covid-19.

Durante a pandemia, de acordo com a Fiocruz essas categorias têm lidado com a escassez de material de proteção, com a infraestrutura precária em muita unidades, além de atuar em um ritmo elevado e estressante.

O questionário da Fundação investiga também se os participantes da pesquisa tiveram Covid-19 e foram devidamente assistidos e se já sofreram algum tipo de violência ou discriminação. A coleta de dados tem previsão de durar dois meses e os primeiros resultados devem ser divulgados em abril.

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