Fiocruz pede à Anvisa uso emergencial de vacina contra Covid-19

O instituto é responsável, no Brasil, pelo imunizante de Oxford

Publicado em 08/01/2021 - 17:25 Por Victor Ribeiro - Brasília

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai decidir, até o dia 19, se autoriza o uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19. Os pedidos foram feitos nesta sexta-feira, pelo Instituto Butantan, parceiro brasileiro do laboratório chinês Sinovac, e pela Fiocruz, que pesquisa no país a vacina inglesa da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca.

A Anvisa informou que nas 24 horas após os pedidos confere se a documentação encaminhada pelos pesquisadores está completa. Só depois começa a contar o prazo de até 10 dias corridos para o anúncio da decisão. Ou seja, a contagem começa neste sábado.

Entre os itens que a agência reguladora vai analisar estão a população-alvo, as características de cada vacina e os resultados dos estudos pré-clínicos e clínicos. Os pesquisadores precisam cumprir os critérios de eficácia e segurança, e provar que os benefícios da vacina superam os riscos.

Essa análise é feita por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais de biologia, biomedicina, estatística, farmácia e medicina, além de especialistas servidores de carreira da Anvisa, que atuam nas áreas de registro, monitoramento e inspeção. Cada área vai produzir um parecer técnico. A palavra final será da diretoria colegiada da agência, que vai divulgar um relatório público.

Os pedidos serão analisados separadamente e as conclusões sobre uso e eficácia estarão na bula da vacina.

De acordo com o Butantan, os testes com a Coronavac no Brasil tiveram eficácia de 78% nos casos leves de Covid-19 e de 100% para prevenir a forma grave da doença. A promessa do Butantan é disponibilizar 46 milhões de doses da vacina até março. Neste momento, existem 10,8 milhões de doses prontas para serem usadas.

Já a Fiocruz não informou sobre a eficácia da vacina. O pedido de uso emergencial se refere a 2 milhões de doses compradas do Instituto Serum, na Índia, e que chegarão prontas ao Brasil. No fim de dezembro, a Fiocruz anunciou que vai dar entrada no registro permanente da vacina até o fim da semana que vem. Isso permite colocar em prática o plano de imunização definido pelo Ministério da Saúde.

A expectativa do ministério é de começar a vacinação a partir do dia 20. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a pasta já tem contrato para comprar 254 milhões de doses da vacina da Fiocruz e outros 100 milhões do Butantan até o fim deste ano.

 

*Reportagem atualizada às 19h47 para ampliação do texto.

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