Governo do Pará envia equipe à cidade de Faro

O problema da falta de oxigênio em unidades de saúde na região Norte persiste e já não é só no Amazonas. Nessa terça-feira (19), o governo do Pará confirmou as mortes de seis pessoas por falta de oxigênio na cidade paraense de Faro, na divisa com o estado do Amazonas, região da Calha Norte.
Membros do governo paraense seguiram para o município nesta quarta-feira (20) para ajudar na solução de demandas relacionadas ao atendimento hospitalar.
Nas redes sociais, o governador Helder Barbalho disse que o governo está à disposição, mas que as prefeituras precisam ter planejamento para garantir equipes médicas e insumos.
O governo do Pará informou que disponibilizou serviços aeromédicos e pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorização para pousar em Faro e realizar transferência dos pacientes que precisarem.
Helder Barbalho disse também que se reuniu com empresas que fornecem oxigênio para saber da situação na região e teve a garantia que há condições de atender, mas que dependem da solicitação dos municípios.
Já no Amazonas, os mais de 100 mil metros cúbicos doados pela Venezuela chegaram a Manaus na noite dessa terça-feira.
Duas das sete usinas geradoras de oxigênio requisitadas pelo Ministério da Saúde já começaram a ser instaladas. Elas darão suporte ao funcionamento das enfermarias de campanha que estão sendo instaladas pelo Exército Brasileiro na área externa do Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, unidade de referência para tratamento de covid-19 em Manaus.
As duas usinas geram 26 metros cúbicos de oxigênio por hora e vão atender os 50 leitos clínicos do hospital de campanha.
Apesar das ações, a situação no estado é preocupante. No município de Coari, sete pessoas que estavam internadas no Hospital Regional da cidade morreram nessa terça-feira, também por falta de oxigênio.
Com a falta de oxigênio, 131 pacientes já foram transferidos de unidades de saúde do Amazonas para outros estados. No total, o governo deve transferir 235 pessoas.
O senador Randolfe Rodrigues ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal, pedindo que Governo Federal apresente em, no máximo, 24 horas o planejamento para disponibilização de oxigênio para os estados da região Norte.




