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Saúde

Vacina russa Sputnik V tem mais de 91% de eficácia

Imunizante está entre os 3 mais eficientes desenvolvidos até agora
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Victor Ribeiro
02/02/2021 - 21:50
Brasília
Sputnik V, vacina
© Reuters/Direitos Reservados

Um estudo publicado nessa terça-feira (02), na conceituada revista médica Lancet, revelou que a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, tem quase 91,6% de eficácia contra a Covid-19. Isso coloca o imunizante entre os três mais eficientes no mundo, empatado com o desenvolvido nos Estados Unidos pela empresa Moderna. E um pouco atrás dos 95% de eficácia da vacina da Pfizer/BioNTech.

A pesquisa levou em consideração os testes feitos em 19.866 voluntários, sendo que quase 15 mil receberam a vacina e cerca de 5 mil o placebo, substância que não faz efeito. Entre esses voluntários que receberam placebo, 62 foram contaminados pelo coronavírus; entre os vacinados, 16 tiveram Covid-19, mas ninguém desenvolveu a forma grave da doença.

A eficiência da imunização foi verificada após a aplicação das duas doses da vacina, com intervalo de 21 dias entre elas.

A Sputnik V foi a primeira vacina contra a Covid-19 registrada no mundo, em agosto do ano passado. O governo Russo autorizou o uso antes mesmo dos testes em humanos. Em dezembro, as equipes de saúde russas começaram a tomar a vacina e, no mês passado, o país começou a imunização de toda a população.

A Sputnik V também já é usada em 15 países, como Argentina, Emirados Árabes e Hungria. E está em análise em pelo menos mais dez países, entre eles a Alemanha.

O laboratório União Química, que representa a Sputnik V no Brasil, pediu no fim do ano passado autorização para testar a vacina em voluntários brasileiros. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda analisa o pedido e cobra mais documentos sobre a eficácia e a segurança da substância.

Em nota, a Anvisa comemorou os resultados e a publicação da pesquisa. E lembrou que, como autoridade reguladora, precisa ter acesso a todos os dados do estudo. Ainda não existe previsão de quando a União Química vai apresentar os documentos. Quando isso ocorrer, se estiver tudo dentro dos padrões exigidos pela Anvisa, a agência pode autorizar o estudo com humanos aqui no país.

Essa pesquisa com voluntários é uma das condições para que a empresa solicite autorização para uso emergencial da Sputnik V.

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