O Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras formado, por enquanto, por mais de mil municípios do país, espera adquirir 20 milhões de vacinas até junho deste ano.
A iniciativa começou a ser organizada há um mês, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a compra de vacinas diretamente pelos estados e municípios. Nesta segunda-feira (22), uma assembleia geral do consórcio aprovou o estatuto da organização com o voto de 1.192 municípios. Porém, mais de 2.600 cidades do país já mostraram interesse em participar do projeto.
Organizado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), o consórcio espera eleger uma liderança na próxima semana, como explicou o presidente da Frente dos Prefeitos, Jonas Donizzete. O presidente da FNP acredita poder convencer o mundo da necessidade de ajudar o Brasil.
O consórcio contratou como consultora Carla Domingues, que foi secretária do Programa Nacional de Imunização por mais de 10 anos. A especialista calcula que é possível comprar 20 milhões de doses por meio do consórcio, antecipando em 1 mês o prazo para vacinar todo o grupo prioritário de 80 milhões de brasileiros e brasileiras.
A consultora do consórcio sugere três estratégias para conseguir as 20 milhões de doses. A primeira é por meio de um Fundo da OPAS, a Organização Pan-Americana de Saúde. A segunda estratégia é pressionar o consórcio da Covax Facility, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), para ampliar de 10 para 20 milhões o número de doses destinadas ao Brasil.
E a terceira estratégia é sensibilizar os Estados Unidos para transferir 5 das 30 milhões de doses da AstraZeneca que estão estocadas no país, esperando a liberação da agência reguladora local.




