Anvisa detalha porque não aprovou a Sputnik V, vacina contra covid-19

Publicado em 29/04/2021 - 21:11 Por Victor Ribeiro, Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Em uma reação inédita, a Anvisa divulgou nessa quinta-feira trechos de uma reunião feita no dia 23 de março com representantes do Instituto Gamaleya, da Rússia, que desenvolve a vacina Sputnik V. Todas as reuniões da agência reguladora são gravadas, mas foi a primeira vez que ocorreu a divulgação.

O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, considerou o ato uma resposta necessária diante da repercussão internacional da decisão da agência de rejeitar o pedido de governadores para importar doses da vacina. Barra Torres destacou que diversos motivos levaram à decisão unânime da diretoria da Anvisa, na última segunda-feira. Entre eles, a composição da Sputnik V.

Antônio Barra Torres avaliou que não adianta o Instituto Gamaleya alterar apenas os documentos enviados à Anvisa. A vacina precisa passar por mudança na composição.

O principal problema é que a vacina contém um micro-organismo chamado adenovírus replicante. Esse micro-organismo, usado em outras vacinas contra a covid, deveria estar apenas na forma inativa, ou seja, sem a capacidade de se replicar.

Em nota, o Instituto Gamaleya disse que a decisão da Anvisa teve natureza política e ameaçou processar a agência reguladora por difamação. E acrescentou que nenhum adenovírus competente para replicação foi encontrado em lotes da Sputnik V.

Mas o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, afirmou que os documentos apresentados pelo instituto indicam o contrário.

Durante esta quinta-feira, circulou nas redes sociais o boato que a Anvisa negou a importação da Sputnik V com base em resultados de testes que teriam sido feitos em um lote de vacinas adulteradas. Barra Torres rebateu essa suspeita e destacou que as análises da agência são feitas apenas nos documentos sobre o desenvolvimento das vacinas.

O presidente da Anvisa reiterou o compromisso da agência em acelerar a autorização de uso de remédios e vacinas, principalmente no combate à pandemia, desde que cumpram critérios internacionais de eficácia, qualidade e segurança. Antônio Barra Torres afirmou que a Anvisa continua à disposição do Instituto Gamaleya e dos demais desenvolvedores para receber novas informações que tornem possível a liberação de uso de novos produtos.

Edição: Raquel Mariano/ Beatriz Arcoverde

Últimas notícias
Justiça

STF libera coronéis da PMDF acusados por omissão em atos golpistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar três coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal que são réus denunciados por omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Todos estavam presos em Brasília.

Baixar arquivo
Esportes

Campeonatos estaduais têm partidas decisivas neste final de semana

Fim de semana os campeonatos estaduais voltam a todo vapor e nos momentos decisivos.

Baixar arquivo
Geral

Rio de Janeiro tem programação especial na Sexta-Feira Santa

O Santuário do Cristo Redentor, no alto do morro do Corcovado, vai ser cenário das celebrações da Sexta-Feira Santa na cidade do Rio de Janeiro. Será aberta às 10h, a Via Sacra, com obras de arte que descrevem cada uma das estações da Paixão de Cristo.

Baixar arquivo
Geral

Qual é a vantagem de entregar o Imposto de Renda no início do prazo?

Série Tira-Dúvidas do IR 2024 responde quais são as vantagens e desvantagens de entregar o Imposto de Renda no início do prazo. 

Baixar arquivo
Esportes

Saiba os resultados dos principais campeonatos de futebol pelo Brasil

Estão definidos os finalistas para quartas de final da Copa do Nordeste. 

Baixar arquivo
Internacional

Lula e Macron assinam acordos, com destaque para o meio ambiente

Presidentes do Brasil e da França comentaram sobre as eleições venezuelanas. Lula disse ter ficado surpreso com o fato de a candidata da oposição ao presidente Nicolás Maduro, Corina Yoris, não ter conseguido registrar sua chapa.

Baixar arquivo