CPI: servidor diz que recebeu pressões para importar vacina Covaxin
A CPI da Pandemia ouviu, nesta sexta-feira (25), o servidor do ministério da Saúde Luís Ricardo Fernandes Miranda, e seu irmão, o deputado federal Luís Claudio Fernandes Miranda. Os dois prestaram depoimento como convidados, sobre a negociação da compra de vacinas Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech.
Luís Ricardo, que é chefe de importação do Ministério da Saúde desde 2018, prestou depoimento ao Ministério Público Federal no final de março deste ano. O MPF investiga a compra de 25 milhões de doses da Covaxin, ao preço de R$ 80,70 a dose, equivalente a quatro vezes o valor do imunizante da AstraZeneca.
O servidor relatou que, no dia 16 de março, foi apresentado ao departamento dele um pedido de importação para a compra das vacinas do laboratório indiano. E que foram detectadas algumas irregularidades:
Luis Ricardo Miranda relatou que teria sofrido pressões no Ministério da Saúde para agilizar a importação desse imunizante. Segundo o deputado Luís Cláudio, depois do depoimento de seu irmão ao MPF, o servidor o procurou, relatando pressões para aprovar a importação. E o parlamentar afirmou ter levado o assunto ao presidente Jair Bolsonaro.
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, contestou, e disse que o contrato foi corrigido.
A sessão teve vários momentos de tensão entre os senadores. Alguns parlamentares protestaram contra a presença do irmão do depoente, e propuseram que o servidor fosse ouvido separadamente.





