Estudo da Fundação Oswaldo Cruz aponta que o país tem registrado alto número de casos de crianças com síndrome respiratória aguda grave. Os dados, divulgados nesta quinta-feira, se referem ao período compreendido entre 3 de setembro e 9 de outubro, e apontam que, no grupo etário de 0 a 9 anos, as notificações estão acima do verificado no pico de 2020. Segundo a Fiocruz, em 2021, os casos semanais chegam a ocupar um patamar ligeiramente superior ao de casos positivos para covid-19.
Na população adulta — ou seja, indivíduos com mais de vinte anos — a covid-19 ainda é predominante entre os registros de síndrome respiratória aguda grave . A infecção é responsável quase que pela totalidade dos casos com identificação de vírus respiratório por exame laboratorial.
Na faixa dos 10 a 19 anos, assim como para as crianças, foi observada diminuição da positividade, mas ainda com predomínio marcante do coronavírus entre os infectados, e presença relativamente pequena de casos positivos para rinovírus.
O cenário brasileiro é considerado estável, mesmo com o indicativo de crescimento leve nas últimas seis semanas dos casos de síndrome respiratória aguda grave.
Aumentou o número de estados com sinal de crescimento na tendência de longo prazo, embora na maioria deles o cenário ainda seja compatível com a oscilação em torno de patamar estável.
A única exceção é o Espírito Santo, que mantém crescimento em idosos de 70 anos ou mais desde agosto. Esse cenário é bem parecido com o início da trajetória do Rio de Janeiro rumo ao forte aumento de casos em idosos entre junho e agosto de 2021.