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Saúde

MCTI anuncia R$ 310 milhões para fase 3 de testes com vacina nacional

Brasil tem vacina que já está sendo testada em voluntários humanos
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Victor Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
10/02/2022 - 21:58
Brasília
Vacinação de crianças contra a covid-19  na UBS 5 de Taguatinga Sul
© José Cruz/Agência Brasil

O Brasil tem atualmente cinco vacinas contra a Covid-19 que aguardam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para serem incluídas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Uma delas já está em testes de fase 1 com voluntários humanos, desde o dia 13 de janeiro deste ano. É um imunizante desenvolvido a partir de uma tecnologia inovadora, chamada RNA Replicativo. Se esses testes de fase 3 forem bem-sucedidos, as vacinas podem entrar em uso logo em seguida.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, fez um balanço dessas vacinas e anunciou que já existem recursos para a fase de testes mais avançada. Segundo ele, o governo investiu em 15 tipos de vacinas nacionais, que vão desde vírus irradiado - mais simples - até RNA replicante - mais complexo. Cinco já chegaram à Anvisa e quatro delas estão aguardando ainda autorização para fazer os testes clínicos com pacientes. Foram reservados cerca de R$ 310 milhões da pasta, segundo o ministro, para testes com estas que aguardam autorização.

A autossuficiência na produção de vacinas, remédios e equipamentos para enfrentar a pandemia de covid-19 ou de outras doenças é um dos objetivos da Rede Vírus, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

De acordo com o ministro Marcos Pontes, o Brasil pode se tornar exportador de vacinas. ”Nós vamos fazer aqui as nossas vacinas para dengue, zika, chikungunya, febre amarela e pra tantas outras doenças nós vamos fazer aqui vacinas para as próximas pandemias”, afirmou.

Marcos Pontes participou, nessa quinta-feira (10), do evento que marcou os dois anos de criação da Rede Vírus, que integra especialistas brasileiros e estrangeiros em diversas áreas. Além da pesquisa de vacinas, a rede desenvolveu métodos para sequenciar o genoma das variantes do coronavírus, para identificar a presença do vírus no esgoto, verificar se aves e morcegos podem transportar a doença e para avaliar o impacto da pandemia na sociedade.

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