Fiocruz pede registro de novos testes contra varíola dos macacos
A Fundação Oswaldo Cruz pediu à Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - o registro de dois novos teste para diagnóstico de monkeypox. O pedido foi feito por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos, Bio-Manguinhos.
Com o novo kit será possível identificar o material genético do vírus através da coleta de material retirado das erupções na pele das pessoas com suspeita de infecção pelo vírus. Além disso, os testes vão diferenciar, em um mesmo exame, doenças que poderiam ser confundidas clinicamente com a monkeypox.
O diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, avalia que o desenvolvimento e a oferta dos kits reforça o compromisso da Instituição no combate a doenças, diante dos desafios que continuam a surgir para a saúde pública.
A Fiocruz informou que já foram produzidas 12 mil reações de cada um dos dois protocolos estabelecidos para uso em pesquisa. E que a tecnologia empregada permite seu uso imediato em plataformas que já fazem a identificação de outros alvos na rede de laboratórios centrais de saúde pública do país.
A Fundação garante que Bio-Manguinhos tem capacidade produzir os novos kits de diagnóstico molecular da monkeypox, sem que haja impacto na oferta de outros produtos.
Apesar da doença ser conhecida popularmente como varíola dos macacos, as autoridades reforçam que o atual surto, que ocorre em diversos países, não está relacionado aos animais. E que a transmissão acontece pelo contrato íntimo entre pessoas.