Maior parte do país tem queda nos casos de síndromes respiratórias
A maioria dos estados brasileiros apresenta sinal de queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, de acordo com o último boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz. A complicação geralmente é provocada por algum vírus, como o da covid-19, por isso, o aumento ou a diminuição de casos da síndrome são um indicativo da gravidade da pandemia.
O estudo aponta indícios de crescimento apenas na Região Norte do país. Mas na maior parte dos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, a expectativa é de continuidade de queda nos registros e no Nordeste deve ocorrer interrupção do crescimento, com alguns estados já apontando recuo. Os prognósticos foram feitos a partir dos dados coletados entre 31 de julho e 6 de agosto.
Em longo prazo, apenas Roraima ainda apresenta sinal de crescimento e Amazonas, Amapá, Maranhão e Piauí apontam para uma estabilidade. Já o restante das unidades federativas devem ter declínio nas notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Mas o boletim faz um alerta para três capitais onde os casos podem subir nas próximas seis semanas: Belém, Boa Vista e Recife.
O levantamento da Fiocruz mostra ainda que nas últimas quatro semanas epidemiológicas, mais de 79% dos testes positivos para algum vírus respiratório foram provocados por coronavírus. E, mesmo entre as crianças de 0 a 4 anos, que geralmente desenvolvem mais casos graves por vírus sincicial respiratório, a covid-19 ainda é predominante.
Apenas em 2022 quase 35 mil óbitos pela síndrome foram registrados no país. E, dos 75,2% que tiveram resultado confirmado para algum vírus, mais de 96% foram decorrentes da covid-19.