Madrugadas amamentando. Dias e noites intermináveis com o bebê no peito; coque no cabelo e pijama. E mesmo cercada de pessoas, a solidão bateu. A vontade de desistir de amamentar passou pela cabeça. É assim que Andreia Cordeiro, mãe da Marina, descreve os primeiros meses da maternidade. Ela conta que ter apoio emocional da família e dos amigos, além do suporte logístico, foi o diferencial para que a amamentação acontecesse de maneira equilibrada.
E justamente pensando na sua experiência pessoal foi que a Andreia decidiu criar um grupo de Whattsapp só de mães. Nesse espaço, as mulheres trocam experiências, dividem suas tristezas e ansiedades e se ajudam, com escutas, sem julgamento.
Hoje, com 80 mães, o Mamadrugada é uma rede de apoio que encoraja as mães a seguirem amamentando e faz com que elas entendam que os primeiros desafios vão passar. Essa troca é, de fato, eficaz.
A pediatra Rossiclei Pinheiro explica que esse contato com outras mães é muito rico e oferece um apoio decisivo.
Além dessa rede de apoio emocional, é preciso se informar para conseguir amamentar. A médica destaca que é necessário se cercar de profissionais capacitados desde a gestação, como doulas, consultoras, pediatras e obstetras que incentivem a amamentação.
E nunca é demais lembrar que: qualquer dificuldade com a amamentação pode ser solucionada com ajuste da pega e organização da rotina. Todo esse apoio pode ser recebido pelas mães nos bancos de leite da sua cidade, de graça.