O Programa Estadual de Transplantes da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro registrou recorde em 2022. Os números de notificações de possíveis doadores de órgãos e o de doações foram os maiores da série histórica desde 2015. Este ano, já foram 1.036 notificações e 307 doações, contra 1.012 notificações e 304 doações ao longo de 2021.
O processo de doação de órgãos no Brasil ocorre de forma solidária e depende do “sim” dos familiares. Levantamento do Programa Estadual de Transplantes aponta ainda que o número de negativas, ou seja, quando as famílias informam que não desejam doar o órgão do familiar, teve redução. Em 2015, essa taxa era de 43%. Em 2022, até novembro, ficou em 35% das entrevistas realizadas.
O secretário de Estado de Saúde Alexandre Chieppe classifica o programa como prioridade da pasta. E, para ele, o recorde é resultado da união do trabalho das unidades de saúde e da atitude da população.
“O Rio de Janeiro já foi um dos estados com pior taxa de captação de órgãos por habitante e hoje já desponta como um dos maiores transplantadores do país. Isso é fruto de uma articulação com as unidades de urgência e emergência, e também uma sensibilização da população para que cada vez termos mais doadores”.
Alexandre Cauduro, coordenador do Programa Estadual de Transplante, ressalta também a importância do treinamento de toda a rede de profissionais que atuam nos transplantes.
"É importante que haja um preparo para desde a notificação do potencial doador como também do acolhimento das famílias, que no momento importante, num momento de luto, possam entender e praticar um ato de bondade, um ato de doação, de altruísmo com a doação de órgãos”.
De janeiro a outubro de 2022, foram realizados 2.047 transplantes, sendo 705 de órgãos sólidos, 145 de medula óssea, 461 de córnea, 81 de esclera e 655 tecidos músculo esqueléticos.
