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Internacional

Conflito na Síria mata mais de 528 mil pessoas em 14 anos

Somente nas prisões houve 64 mil mortes
Agência Reuters
Publicado em 03/01/2025 - 15:08
Cidade do Cairo
People gather near a damaged site after what Syrian and Iranian media described as an Israeli air strike on Iran's consulate in the Syrian capital Damascus April 1, 2024. REUTERS/Firas Makdesi
© REUTERS/Firas Makdesi
Reuters

Desde o início da guerra na Síria, há 14 anos, mais de 528.500 pessoas morreram, incluindo quase 182 mil civis, segundo informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) declarou hoje (3) que 878 civis morreram na Síria, incluindo 113 crianças, entre 1º de janeiro e 8 de dezembro de 2024, dia da queda do presidente sírio Bashar al-Assad.

No seu relatório anual, a organização não-governamental - cuja sede é no Reino Unido - indicou que, entre os civis mortos, 113 eram crianças e 125 eram mulheres.

Do total, 343 foram assassinados, enquanto 125 morreram por outros motivos relacionados com a guerra, que dura há quase 14 anos no país.

Outro fato significativo documentado pelo OSDH é que 85 civis, incluindo 13 crianças e 16 mulheres, morreram nos ataques israelenses ocorridos em 2024, enquanto outros 78 morreram nas mãos do grupo extremista Estado Islâmico (EI), que, embora tenha sido derrotado territorialmente em 2019 na Síria, está ainda presente no vasto deserto do país.

No total, o observatório documentou 2.704 mortes, incluindo o número de civis e também membros das forças do regime de Al-Assad e dos seus milicianos, que a ONG estimou em 1.075 mortes, principalmente devido aos ataques do EI e da oposição.

Números

O conflito na Síria começou em 15 de março de 2011 e, desde então, verificaram-se mais de 64 mil mortes nas prisões do antigo regime “por causa de tortura, negligência média ou más condições”.

A queda do regime de Bashar al-Assad, no início de dezembro, foi provocada por uma ofensiva de forças rebeldes sírias, lideradas por um grupo sunita radical.

Os eventos conduziram a uma recomposição total da Síria e levantaram receios de um ressurgimento das atividades do Estado Islâmico, que historicamente tem se mantido muito ativo no Iraque e na Síria, mesmo após o fim do seu califado (2014-2019).

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