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Saúde

Rede de Bancos de Leite Humano reforça importância da doação materna

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Eliane Gonçalves - Repórter da Rádio Nacional
27/12/2022 - 08:00
São Paulo

O leite materno protege os recém-nascidos de várias doenças e reduz em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças de até 5 anos.

Essa espécie de super-vacina não é produzida artificialmente, por isso, a doação é tão importante.

Mas nessa época do ano as doações diminuem muito.

Enquanto em junho a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano coletou mais de 21 mil litros em junho. Em novembro já tinha caído para pouco mais de 19 mil.

Janeiro e fevereiro costumam ser os meses em que as doações são mais escassas. Esse ano e no ano passado foram pouco mais de 16 mil litros por mês.

Miriam Santos, coordenadora do Banco de Leite do Distrito Federal, disse que janeiro de 2022 foi o pior mês na historia da instituição:

Qualquer mulher que amamenta pode ser doadora. Basta ser saudável e não tomar nenhum medicamente que interfira na amamentação.

O bebê da psicóloga Bárbara Lima tem apenas 15 dias. Ela mora em Campina Grande, na Paraíba, e ela já decidiu que vai ser doadora:

O leite doado é oferecido a bebês hospitalizados, geralmente prematuros e com baixo peso. Um litro de leite pode atender até 10 recém-nascidos por dia. Dependendo do peso do bebê, um mililitro de leite já é o suficiente.

A Rede Brasileira de Banco de Leite Humano é a maior do mundo e referência para a OMS. Todo o leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a controle de qualidade antes de alimentar uma criança.

Hoje, o Brasil conta com 227 Bancos de Leite Humano em todos os estados e Distrito Federal, 231 Postos de Coleta e, como a Bárbara já descobriu, também é possível fazer a coleta domiciliar.

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