Os estoques de sangue dos hemocentros ficam reduzidos nesta época do ano. Isso, em geral, é consequência do período de férias e do carnaval que faz com que muita gente viaje. Por isso, nos dias que antecedem a folia, os primeiros blocos que saem às ruas são os da campanha de doação de sangue. Pra reforçar os estoques nos hemocentros.
Com o tema “Ô abre-alas, que a vida quer passar!”, a Fundação Hemominas já convida os foliões, desde o início de fevereiro, a doar de sangue. O objetivo é garantir os serviços do dia a dia, como cirurgias já agendadas, e atender urgências e emergências nos hospitais públicos e particulares de Minas Gerais.
Pra estimular a participação, foliões, escolas de samba e blocos de rua estão sendo convidados a gravar vídeos pedindo doações. Tudo está sendo postado nas mídias sociais da Hemominas, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais. É o que explica Thiago Sindeaux, assessor de captação da entidade.
Na Bahia, a situação do estoque é crítica para todos os tipos sanguíneos. Um dos principais motivos foi o aumento de 14% na demanda nos últimos 3 meses em relação ao mesmo período anterior.
De acordo com a Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia, a liberação de cirurgias eletivas após o período de retenção na pandemia da Covid-19, o maior fluxo de turistas e de tráfego nas estradas contribuíram para esse aumento.
Por isso, a campanha Chame Gente também já está na rua e conta com a participação de foliões, blocos organizados e de afoxé, como destaca a coordenadora da rede de captação do Hemocentro baiano, Iara Matos.
De acordo com o Ministério da Saúde, para doar sangue a pessoa precisa estar em boas condições de saúde, alimentada, ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 kg e levar um documento de identificação original com foto recente.
É preciso evitar comidas gordurosas e bebidas alcoólicas antes da doação. E se o candidato estiver com gripe ou resfriado, não pode doar. Depois que melhorar, precisa aguardar pelo menos uma semana. E o mesmo vale para o caso de Covid-19.