Mais de 200 mil pessoas foram beneficiadas no estado do Rio de Janeiro pela Chamada Pública do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas. O objetivo da ação era financiar projetos que contribuam para aumentar a participação social na vigilância de saúde nas favelas fluminenses.
Cerca de 80% dos projetos atuam no enfrentamento à fome e ao direito à alimentação. Em dois anos, foram distribuídas 315 toneladas para famílias em situação de vulnerabilidade. Esses resultados foram apresentados pela Fiocruz na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (10), durante uma sessão solene na qual se comemora o dia estadual de mobilização para o enfrentamento da Covid 19. A ministra da Saúde e ex-presidenta da Fiocruz, Nísia Trindade, falou sobre as ações que a pasta está implementando.
A iniciativa conta com recursos da Alerj e acontece em favelas de Angra dos Reis, Duque de Caxias, Queimados, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, São Gonçalo e São João de Meriti. O Plano é uma parceria entre a Fiocruz, universidades, sindicatos e organizações baseadas em favelas.
Ao todo, a Alerj destinou R$ 20 milhões para o Plano em janeiro de 2021e repassou à Secretaria Estadual de Saúde mais R$ 25 milhões para continuidade das ações. O assessor de relações institucionais da Fiocruz, Valcler Rangel, avaliou que a parceria com a Alerj foi decisiva para a implementação do projeto.
Aproximadamente 70% dos projetos têm atuação na área de saúde mental. Na área de comunicação popular, 45% dos projetos atuam com produção de conteúdo sobre prevenção, vacinação e enfrentamento às notícias falsas.
Com foco na educação integral, 40% dos projetos promovem ações de reforço escolar e reversão da evasão de alunos. Ao todo, 8.200 crianças, adolescentes e jovens de favelas participam das atividades. A coordenação geral do Plano Fiocruz de Enfrentamento à Covid-19 nas Favelas estima que 75% do público das ações é de mulheres.
