Debater políticas públicas sobre a depressão. Dialogar com a sociedade sobre os sintomas e tratamentos da doença. Esses são alguns dos objetivos da Semana Nacional de Conscientização sobre a Depressão, instituída nesta terça-feira (4) pelo presidente Lula. A data será celebrada sempre na semana de 10 de outubro, quando é comemorado o Dia Mundial da Saúde Mental.
A nova lei é fruto do projeto do deputado Paulo Foletto (PSB-ES), que foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 2019 e pelo Senado em 2022. Na proposta, Foletto destacou que, de acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde, a depressão deverá se tornar a doença mais comum do mundo até 2030.
Ainda de acordo com a OMS, a pandemia foi um dos grandes responsáveis pelo aumento dos casos de depressão no mundo todo. Desde 2020, houve um crescimento de 25% no número de pessoas com ansiedade e depressão, cenário que traz consequências sociais e econômicas, já que a estimativa é que 1 trilhão de dólares sejam gastos todos os anos para tratar a doença no mundo.
E o Thiago Almeida, de 39 anos, é uma dessas pessoas. Ele foi diagnosticado com depressão meses atrás e confessa que demorou a admitir que a tristeza e o desânimo que sentia já eram sintomas da doença.
Atualmente, o Thiago é acompanhado por um psicólogo e está com os sintomas controlados. De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é multidisciplinar, com terapia, grupos de apoio e medicação, se houver necessidade.
Na América Latina, o Brasil é o país com a maior prevalência de depressão, além de ser o segundo país com maior prevalência nas Américas, segundo a OMS. E as causas da doença vão desde fatores biológicos, psicológicos e sociais, além da genética.
