A ministra da Saúde, Nísia Trindade, defende a rápida adoção de medidas em relação à atual situação dos hospitais federais do Rio de Janeiro. A rede vem sendo alvo de denúncias de problemas de atendimento, falta de materiais e de manutenção.
Em visita nesta terça-feira (26) à Fundação Oswaldo Cruz, na zona norte da capital fluminense, ela falou sobre a necessidade do que chamou de “corpo a corpo” junto a essas unidades.
A ministra participou do evento “Lançamento da Estratégia para Terapias Avançadas da Fundação Oswaldo Cruz”, que inclui, entre outras medidas, um estudo de impacto orçamentário para avançou em terapias avançadas de vacinas para os próximos 5 anos.
A previsão é que os gastos com a pesquisa fiquem em até R$ 14,5 bilhões ao ano, inclusive com a introdução de novos produtos - a custo menor - para combate ao câncer, e que ampliem as chances de cura e diminuam a possibilidade de reaparecimento da doença.
Nísia Trindade avaliou que mais do que uma economia para os cofres públicos, baratear terapias significa ampliar o acesso para todos.
Além de pacientes com doenças oncológicas, também aqueles com doenças infecciosas e genéticas - atendidos pelo SUS - serão beneficiados.
Entre as doenças que são objeto do estudo de Terapias Avançadas estão: câncer hematológico, hemofilia A e atrofia muscular espinhal. Há estudos clínicos em andamento de forma paralela no Brasil e nos Estados Unidos.
Como parte da estratégia para expandir e democratizar o uso dessas tecnologias em serviços públicos e privados de saúde do país, a Fiocruz vai estabelecer parcerias com diversas instituições. Entre elas, o Inca, Instituto Nacional do Câncer, e a organização sem fins lucrativos americana Caring Cross.
Outra informação divulgada no encontro é que a Fiocruz terá direito exclusivo na América Latina para a produção de vetores virais, empregados no desenvolvimento de vacinas em estudos pré-clínicos e clínicos. A instituição será um dos Centros de Produção Global de vetores virais para a Caring Cross.