Malária no Amazonas aumenta 34% se comparado ao mesmo período de 2023
Ao longo de todo o ano, os estados da Amazônia registram casos de malária. Por isso, a doença é considerada endêmica na região. E este ano não é diferente: até 31 de maio deste ano, o Estado do Amazonas sozinho registrou 22.801 casos da doença.
No ano passado, foram notificados no estado, também nos primeiros cinco meses do ano, pouco mais de 17 mil casos.
A maior parte das notificações é em área rural seguida de área indígena. Cada uma delas com cerca de 41% dos casos confirmados. Já a área urbana tem 8,8% das notificações.
Entre as cidades com maior número de casos, a cidade de São Gabriel da Cachoeira lidera. São mais de 3.800 registros.
Em Manaus, até o dia 13 de junho deste ano, foram confirmados 2.258 casos positivos de malária, um crescimento de 131%, em relação ao mesmo período de 2023 quando foram notificados 974 casos positivos de infecção pela doença.
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, também na cidade de Manaus, o maior número de casos foi registrado na zona rural e ribeirinha. Ainda entre as cidades com maior incidência está a cidade de Barcelos, que superou os 2.200 casos.
Diante desses números, a diretora da FioCruz Amazonas, Stefanie Lopes, reforça a necessidade de continuidade das ações de controle, vigilância; e diagnóstico no caso de malária.
Stefanie reforça ainda que, mesmo sem vacina, há um teste rápido para detecção da malária e um novo tratamento para a doença com a tafenoquina, que reduz o tratamento de sete para três dias.
A prevenção para a malária inclui evitar a picada do mosquito Anopheles conhecido como mosquito-prego, vetor do Plasmodium, parasita causador da doença, que são mais ativos, principalmente, ao amanhecer e ao entardecer.
*Com produção de Dayana Vitor.