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Saúde

Paraná libera mosquitos modificados para combater dengue

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Fabiana Sampaio - repórter da Rádio Nacional
26/08/2024 - 21:34
Rio de Janeiro
Mosquitos de Aedes aegypti são vistos no laboratório da Oxitec em Campinas
© Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

Mais dois municípios iniciaram, nesta segunda-feira (26), a liberação de mosquitos Aedes aegypti modificados como estratégia de redução da transmissão da dengue, zika e chikungunya no país. 

Foz do Iguaçu e Londrina, no Paraná, iniciaram a implantação da estratégia em nova fase do projeto no Brasil, que comtempla outros cinco municípios. No último dia 19, foi a vez de Joinville, em Santa Catarina, iniciar os trabalhos.

Também vão participar dessa fase, a partir de setembro, os municípios de Uberlândia, em Minas Gerais; Presidente Prudente, São Paulo; e Natal, no Rio Grande do Norte. O método Wolbachia também já está presente no Rio de Janeiro, Niterói, Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina.

A estratégia consiste na liberação do Aedes aegypti modificado com a bactéria Wolbachia, para que se reproduzam com mosquitos locais. A bactéria impede que os vírus dessas três doenças se desenvolvam, como explica Gabriel Silveira, líder de Operações da WMP Brasil, responsável pelo método, que trabalha em parceria com a Fiocruz.

Em Foz do Iguaçu, serão liberados 1.300 milhão mosquitos por semana e em Londrina, cerca de 3 milhões. São 14.600 pontos distribuídos em uma área que alcança mais de 290 mil pessoas, espalhadas por todas as regiões da cidade.

Em Joinville, os primeiros Wolbitos, como são chamados os mosquitos modificados, foram liberados em cinco bairros. Cerca de 3,6 milhões vão ser liberados semanalmente para proteger uma população de cerca de 360 mil habitantes.

A partir do primeiro mês de soltura tem início a fase de monitoramento. São realizados testes com ovos dos mosquitos para avaliar se os Wolbitos estão se estabelecendo nos locais.

Segundo a WMP Brasil, a Wolbachia está presente na natureza e não oferece nenhum perigo para a população.

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