Saúde passa a monitorar doenças pelo recorte étnico-racial

O Ministério da Saúde lançou o Painel Equidade Étnico-racial, uma nova ferramenta que vai ajudar a monitorar e enfrentar as disparidades entre grupos étnicos e raciais no Brasil.
O Painel Epidemiologia e Desigualdades: Doenças e Agravos na População para Raça/Cor reúne informações detalhadas sobre o quesito raça/cor sobre casos de tuberculose, TB-HIV, hepatite B, hepatite C, sífilis, violência autoprovocada e violência interpessoal.
De acordo com o Ministério da Saúde, o panorama brasileiro evidencia a necessidade de fortalecer políticas públicas que promovam a equidade no acesso à saúde e incentivem ações direcionadas para reduzir as desigualdades raciais.
A nova ferramenta, desenvolvida pelo Centro Nacional de Inteligência Epidemiológica e Vigilância Genômica, fornecerá subsídios para intervenções mais eficazes e inclusivas.
De acordo com o painel, a maior parte dos casos das doenças monitoradas está concentrada na população negra, ou seja, preta e parda. Entre os casos de tuberculose, em 2023, cerca de 60% deles foram registrados nessa população, enquanto a população branca representou 23,38% dos casos. Sobre o desfecho do tratamento, as pessoas pretas e pardas o interrompem com maior frequência entre os casos novos da doença.
Também em 2023, mais de 50% dos casos de hepatite B foram verificados entre as populações preta e parda, à medida em que 37% foram registrados na população branca. Já em relação à hepatite C, a população branca apresentou o maior percentual de casos no mesmo ano, 46,86%. A população negra, 44,01 %.





