Uma operação da força-tarefa criada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para combater grupos de milícias, em conjunto com agentes da Polícia Rodoviária Federal, deixou 12 homens mortos na noite dessa quinta-feira (15), em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio. Os suspeitos estavam em um comboio de quatro veículos que trafegava pela rodovia Rio-Santos, e foi interceptado pelos policiais ao fazer um desvio a 500 metros de um posto da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com as autoridades, eles abriram fogo contra os agentes, e chegaram a atingir um deles, salvo porque usava colete à prova de balas. Os policiais então revidaram matando todos os suspeitos. Após o confronto, foram apreendidos oito fuzis, pistolas e grande quantidade de munição.
De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, Fabio Salvadoretti, o grupo miliciano de Itaguaí é associado a uma das principais organizações paramilitares do Rio, que atua na Zona Oeste da capital e que busca expansão.
Entre os 12 mortos, estava o ex-cabo da polícia militar Carlos Eduardo Benevides, apontado como o chefe do grupo miliciano que opera no município da região metropolitana.
De acordo com a polícia, o grupo interceptado estava sendo monitorado há 15 dias, e além de ser acusado de diversos homicídios, também é investigado pela prática de extorsão a empresários, comerciantes e moradores, e ainda exploração do transporte alternativo e venda de gás de cozinha.
A força-tarefa contra a milícia foi criada após o assassinato de dois candidatos a vereador do município de Nova Iguaçu, para tentar diminuir a influência dos grupos milicianos no pleito.
Na madrugada de quinta-feira, outra operação, no município da Baixada deixou 5 mortos, e nesta sexta, a polícia faz ações para desarticular esquemas financeiros dos grupos, como os pontos comerciais usados para lavagem de dinheiro e construções ilegais para a venda de imóveis.