Crianças de até 6 anos são principais vítimas de abuso infantil no RJ
O isolamento social e o confinamento em casa, impostos pela pandemia de covid-19, contribuíram bastante para o aumento de casos de violência física e psicológica contra crianças e adolescentes. E as de 0 a 6 anos de idade são as principais vítimas.
Levantamento da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA) mostra que, no ano passado, 58% das denúncias recebidas no Rio de Janeiro foram de casos de vítimas nesta faixa etária. O abuso sexual, com 49,3% dos registros, é o principal crime praticado - em 40% dos casos, pelo pai, e 20% pelo padrasto. As meninas são as maiores vítimas, com 62,26% das notificações.
O levantamento aponta que a violência psicológica foi a segunda maior denúncia, com 24,4% dos casos, seguida pela violência física, com 15,6%; e a negligência, com 10,7% dos casos.
A presidente da fundação, Cléo Hermans, alerta que esses índices podem ser ainda maiores nesse período de pandemia, em que as crianças e seus responsáveis estão juntos no mesmo ambiente por muito tempo. Por isso, ela enfatiza que é importante denunciar os atos de violência para garantir a proteção dos menores.
O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro atua em questões que envolvam ameaça ou violação de direitos de crianças e adolescentes. Os relatos mais comuns são de violência física, psicológica e abuso ou exploração sexual.
O promotor Rodrigo Medina, coordenador da Infância e Juventude do MP-RJ, reconhece o aumento do número de casos de violência contra menores na pandemia.
Além do Disque 100, as denúncias sobre violência contra crianças e adolescentes podem ser feitas para a ouvidoria do Ministério Público do Estado, no número 127 ou pelo celular (21) 99366-3100, ou ainda nos conselhos tutelares dos municípios.
*Reportagem atualizada às 19h16 para correção de informação.
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