O processo que envolve o ex-secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, Raphael Montenegro, foi redistribuído para a primeira instância da Justiça Federal. Ele perdeu o foro privilegiado ao ser exonerado da função e será julgado pela 5ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal.
Raphael Montenegro foi preso na terça-feira (17), em operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, acusado de fazer negociações com lideranças do Comando Vermelho, a maior facção criminal em atuação no estado.
A ordem de prisão partiu do desembargador federal Paulo Espirito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. A decisão do desembargador foi tomada a partir de representação da Polícia Federal, que cumpriu os mandados.
O magistrado determinou também buscas e apreensões em endereços de Montenegro, onde foram encontrados R$ 250 mil em espécie.
Na operação também foram presos o subsecretário de Administração Penitenciária, Wellington Nunes da Silva, e o superintendente operacional da Secretaria de Administração Penitenciária, Sandro Farias Gimenes.
O desembargador havia pedido a prisão temporária por cinco dias dos acusados, mas, devido à gravidade dos fatos, transformou as prisões em preventivas - por tempo indeterminado. No pedido de prisão, o desembargador escreveu que os crimes apontados incluem falsidade ideológica, prevaricação e advocacia administrativa.
De acordo com as investigações, Montenegro, Silva e Gimenes intercederiam a favor do retorno para o Rio de Janeiro de integrantes do Comando Vermelho que se encontravam presos fora do estado.
O objetivo seria possibilitar que continuassem comandando, com maior facilidade, suas atividades criminosas de dentro da cadeia.
*com informações da Agência Brasil
