Estudo aponta alta de 360% no conteúdo sexual de crianças na internet
Você deixaria seu filho pequeno caminhar em uma rua movimentada sem a companhia de um adulto? Não, né? Essa é uma boa comparação quando falamos de internet.
A rede mundial de computadores é um universo de pessoas, informações e imagens sem nenhuma censura. Então, é sempre importante monitorar, de perto, o que crianças e adolescentes acessam.
Suirá Paim, que tem dois filhos de 10 e 13 anos, conta que fica sempre de olho e toma algumas medidas para proteger as crianças.
Uma pesquisa da Internet Watch Foundation (IWF) apontou que o número de fotos com nudez ou conteúdo sexual de crianças entre 7 e 10 anos na internet aumentou 360% nos seis primeiros meses deste ano, se comparado a 2020. Isso reforça a importância de monitorar o acesso dessas crianças aos conteúdos digitais.
A psicopedagoga e sexóloga Christiane Andréa explica que crianças e adolescentes expostas a conteúdos inapropriados na internet ou que se relacionam com pessoas mais velhas em redes sociais podem apresentar muitos transtornos emocionais e até físicos.
Para Christiane, o caminho para evitar esses problemas é sempre o diálogo: conversar abertamente com os filhos sobre sexo, os perigos da internet e sempre ouvir o que eles têm a dizer, sem julgamentos.
Ainda de acordo com a pesquisa do IWF, entre o grupo de crianças de 11 a 13 anos, o número de imagens de nudez na internet é ainda maior. Essas imagens analisadas, em geral, são filmadas em vídeo, por meio de chats em que crianças conversam com adultos ou com crianças mais velhas, e são coagidas a tirar a roupa e mostrar partes do corpo. Depois, os vídeos e fotos são compartilhados pela rede.
Em caso de suspeita desse tipo de crime, é importante procurar uma delegacia de crimes virtuais ou aquelas especializadas no atendimento a crianças e adolescentes.