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Segurança

Taxa de mortes violentas intencionais cai quase 2,5 % em 2022

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Leandro Martins - Repórter Rádio Nacional
20/07/2023 - 17:23
São Paulo

O índice de mortes violentas intencionais, quando há intenção de matar — caiu no ano passado no país.

Caiu de 24 casos para cada 100 mil habitantes, em 2021, para 23 a cada 100 mil, no ano passado. Em números, a quantidade caiu de 48.500 casos em 2021, para 47.500, em 2022. Mesmo a redução sendo discreta, significa o menor número desde 2011, quando começou a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A queda nacional de mortes violentas foi maior nos estados do Norte e Nordeste. A explicação, de acordo com a supervisora do Núcleo de Dados do Forum, Isabela Sobral, se deve ao alto índice dos anos anteriores e está relacionada com a questão do crime organizado.

Apesar da queda nos índices, o Norte e o Nordeste ainda têm os estados mais violentos. O Amapá liderou o ranking em 2022, com 50 mortes violentas por 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional, que é de 23 para cada 100 mil. O segundo estado mais letal foi a Bahia, seguido do Amazonas.

Na outra ponta, aparecem São Paulo, Santa Catarina e o Distrito Federal.

O Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, lançado em 2018 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, estabeleceu como meta reduzir, até 2030, os homicídios intencionais para uma taxa de 17 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

Houve desigualdades, mas a meta já foi alcançada em 54% dos municípios brasileiros em 2022. A supervisora Isabela Sobral comenta.

As principais vítimas de mortes violentas foram os homens, com 91% dos casos. Em intervenções policiais com morte, a proporção dispara: 99% das vítimas do sexo masculino.

Em relação ao perfil racial, 76% das vítimas de mortes intencionais eram negros, subindo para 83% nas intervenções policiais. Metade das vítimas tinham entre 12 e 29 anos.

Já o registro de estupros e estupros de vulneráveis em 2022 foi o maior já registrado pelo Fórum, quase 75 mil vítimas no período. Números que, segundo o anuário, podem representar apenas uma parte dos crimes, já que se baseiam nos casos notificados às autoridades policiais. A maior parte das vítimas foram de vulneráveis: 61% deles tinham, no máximo, 13 anos de idade.

 

 

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