Operação da PM deixa 10 mortos, no Complexo da Penha, no Rio
Uma operação realizada nesta quarta-feira no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, deixou 10 mortos. De acordo com a Polícia Militar o objetivo da ação era localizar e prender integrantes de facções criminosas, após monitoramento do Setor de Inteligência indicando que ocorreria uma reunião de lideranças desses grupos na região.
Ainda de acordo com a PM, as equipes responsáveis pela operação foram atacadas a tiros por indivíduos armados. Houve confronto e um policial foi ferido e levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, sendo depois transferido para o Hospital Central da Polícia Militar. O estado de saúde dele é considerado estável.
Moradores relataram em redes sociais a intensa troca de tiros. Durante a operação, foram apreendidos sete fuzis, munições e granadas. Também foram retiradas grandes quantidades de barricadas.
A Secretaria municipal de Educação informou que 16 escolas da região foram impactadas pelas operações policiais, deixando quase 3 mil e quinhentos alunos sem aula.
Daniel Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense, classificou a operação como desastrosa.
Ele acrescenta que os mais prejudicados nestes momentos são os moradores, que sofrem com as consequências como, por exemplo, alto índice de crianças vítimas de tiroteios. E que são necessárias mais cautelas na realização destas operações, conforme já determinado pelo Supremo Tribunal Federal. Entre as medidas determinadas, está o uso de ambulâncias nestas ações.
Em nota, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro afirmou que acompanha com preocupação as notícias sobre a operação policial, inclusive os relatos de moradores da Penha. A nota declara ainda que a Defensoria, através de seus órgãos, segue ouvindo a população e disponibilizando os serviços de acolhimento jurídico e psicossocial às famílias das vítimas de violações.
A operação no Complexo da Penha foi realizada por policiais do Comando de Operações Especiais, através do Batalhão de Operações Especiais, o BOPE.
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