Chega a 16 o número de mortos, pela polícia, na Operação Escudo, realizada em Santos e no Guarujá, em São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública informou que, um deles foi morto em confronto ocorrido nesta terça-feira(2), em Santos. Outros dois policiais também foram baleados na ação, mas não correm risco de morte.
Nesses quatro dias de operação, de acordo com a SSP, já foram apreendidos 400 quilos de drogas e 58 pessoas foram presas. Além disso, foi detido nessa terça (2), o último suspeito de envolvimento no assassinato do PM Patrick dos Reis.
Dimitri Sales, presidente do Conselho de Defesa da Pessoa de São Paulo, falou que está ocorrendo na baixada santista uma chacina contra os moradores das comunidades. Segundo ele, o governador de São Paulo também é responsável por essa onda de violência na região, que também está atingindo os policiais.
O governador Tarcísio de Freitas contestou a ideia de que haja excessos na ação policial, mas afirmou que se houver, todos serão investigados.
Segundo Marisa Fefferman, integrante da Rede de Proteção contra o Genocídio, o clima entre os moradores das comunidades de Guarujá é de muito medo. Mesmo assim, um ato promovido por diversas entidades de proteção aos direitos humanos está marcado para a tarde desta quarta no Guarujá, em repúdio às mortes que estão ocorrendo. Ela explicou a importância desta manifestação.
As entidades defendem o fim da Operação Escudo, uma vez que todos os suspeitos pela morte do soldado Patrick dos Reis foram presos. Reivindicam também que todas as mortes sejam investigadas por órgãos independentes.
