PM do RJ afasta policiais envolvidos na morte do menino Thiago
A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou da atuação nas ruas, provisoriamente, quatro agentes do Batalhão de Choque que atuaram na operação que terminou com a morte do adolescente Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, na Cidade de Deus, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
O menino foi baleado e morto na madrugada da última segunda feira. Os quatro policiais ficarão afastados até o fim das investigações e vão cumprir funções administrativas.
A decisão da polícia ocorreu nessa sexta-feira, um dia após o presidente Lula afirmar, em cerimônia no Rio de Janeiro, que “um cidadão que atira num menino já caído é irresponsável e não estava preparado, do ponto de vista psicológico, para ser policial”.
Thiago foi morto sem esboçar qualquer reação, de acordo com relatos de moradores da comunidade, ou oferecer risco à ação da tropa de choque da PM, que fazia uma operação na principal via de acesso à comunidade.
A ocorrência, além de chamar a atenção do presidente da República, também tem provocado reações da sociedade civil.
A Polícia Militar, num primeiro momento, disse que houve confronto e o rapaz acabou morto, mas a versão é contestada por moradores.
Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar informou ainda que “as armas usadas pelos militares foram apreendidas para a perícia e as imagens das câmeras de segurança são analisadas pela Polícia Civil, que investiga o caso”.
A corporação explicou que instaurou um procedimento de apuração, por meio de sua Corregedoria-Geral, para averiguar todas as circunstâncias do caso.
*Com informações da Agência Brasil