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Padilha diz que governo não teme vaias durante abertura dos Jogos

Segundo o ministro da Casa Civil, o presidente interino Michel Temer
Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 04/08/2016 - 15:37
Brasília
Rio de Janeiro - O chefe da Casa Civil, ministro Eliseu Padilha, fala na cerimônia de abertura da Casa Brasil no Pier Mauá, na zona portuária do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)
© Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro - Aberta ao público nesta quinta-feira, a Casa Brasil oferece oportunidades de negócios, além de atividades esportivas, culturais e turísticas (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Aberta ao público nesta quinta-feira, a Casa Brasil oferece oportunidades de negócios, além de atividades esportivas, culturais e turísticasTomaz Silva/Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou hoje (4) que o presidente interino, Michel Temer, não teme hostilidades por parte dos brasileiros que estarão presentes amanhã (5), no Estádio do Maracanã, por ocasião da solenidade de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Ao participar da abertura oficial da Casa Brasil, localizada no Píer da Praça Mauá, no centro da cidade, Padilha disse que o evento de abertura é um acontecimento do Brasil e de todos os brasileiros e que o direito de manifestação é livre.

Para o ministro interino, no entanto, quem fizer qualquer tipo de manifestação contrária ao evento estará jogando contra o Brasil e contra os brasileiros.

Padilha lembrou que o escritor e cronista Nélson Rodrigues dizia que no Maracanã vaia-se até minuto de silêncio. “Então nós estamos preparados para, se for o caso, ouvir as manifestações democráticas, livres e abertas dos brasileiros”.

Para ele, não há, portanto, nenhuma temeridade e nenhuma contrariedade à livre manifestação. “Nós temos que conviver com a sociedade brasileira como ela é”.

Legitimidade

Rio de Janeiro - O chefe da Casa Civil, ministro Eliseu Padilha, fala na cerimônia de abertura da Casa Brasil no Pier Mauá, na zona portuária do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, fala na cerimônia de abertura da Casa Brasil no Pier Mauá, na zona portuária do Rio Tomaz Silva/Agência Brasil

Sobre a legitimidade de um presidente interino representar o país na abertura dos Jogos, Padilha disse que o presidente Michel Temer não se sentirá constrangido em receber os chefes de Estado e de Governo que vierem ao Rio para a solenidade de amanhã.

“A Constituição diz que nos impedimentos do presidente da República, assume o vice que passa a ser presidente, então ele está no pleno exercício da presidência, no que pese o fato de haver a interinidade devido ao afastamento da presidente”, disse.

Padilha disse ainda que não tem dúvidas de que o processo de impeachment de Dilma será aprovado no Senado, ratificando o entendimento da Câmara dos Deputados e afastando em definitivo a presidenta. “Eu conheço a Casa, tenho ouvido e visto algumas manifestações de que deverá ser confirmado [o impeachment] no Senado Federal.

Ajuste fiscal

O ministro chefe da Casa Civil foi categórico ao afirmar que o PSDB é sim um partido de apoio ao governo, apesar de divergências em relação a administração Temer, principalmente no que diz respeito ao ajuste fiscal. “O PSDB é governo, tem ministério [das Cidades] importantíssimo - quiçá o mais importante - e que mexe com a vida das cidades brasileiras. Tem ainda a liderança do governo no Senado, que é uma das posições mais privilegiadas do ponto de vista político, portanto o PSDB é governo”, enfatizou.

Ele contestou notícias de que o governo estaria abrindo mão de medidas ligadas ao ajuste fiscal para obter apoio e aprovar medidas do seu interesse no Congresso Nacional. “É absolutamente inverdade que o governo esteja sacrificando ou flexibilizando o ajuste fiscal. O governo manteve sua meta e nós teremos crescimento das despesas rigorosamente observando a inflação do ano anterior. Não há flexibilização nenhuma, nem para o governo federal nem para os estados”, afirmou categoricamente.

A Casa Brasil

Rio de Janeiro - Aberta ao público nesta quinta-feira, a Casa Brasil oferece oportunidades de negócios, além de atividades esportivas, culturais e turísticas (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - O espaço oferece oportunidade aos visitantes de conhecerem e praticarem os esportes olímpicos Tomaz Silva/Agência Brasil

Além de Eliseu Padilha, estiveram na solenidade de inauguração da Casa Brasil os ministros do Esporte, Leonardo Picciani; da Cultura, Marcelo Calero; da Educação, Mendonça Filho; da Saúde, Ricardo Barros; e do Turismo, Alberto Alves; além do presidente de Contas da União, Augusto Nards, e do prefeito Eduardo Paes.

Com uma programação diversificada e rica em interatividade, a Casa Brasil é um espaço que vai mostrar o Brasil e suas diversidades – aspectos do esporte, cultura e turismo – de um jeito inovador e atraente.

Ao todo serão 46 dias de atividades e atrações permanentes, incluindo shows e eventos culturais, programas de saúde e bem estar, conferências internacionais, seminários e encontros de negócios.

A estrutura física conta com auditórios, lounge, varanda, palco e sala de imprensa, além de espaço para degustações e experiências gastronômicas, que vão mostrar um pouco do paladar e do gosto do brasileiro de vários estados e regiões do país.

O acesso à Casa Brasil é gratuito e o espaço funcionará até o dia 18 de setembro, quando se encerram os Jogos Paralímpicos.



Casa Brasil é aberta ao público no Rio