Teresópolis registra segundo caso de meningite bacteriana em 2019

Criança de 12 anos está internada na capital fluminense

Publicado em 28/11/2019 - 19:44 Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A prefeitura de Teresópolis, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, informou hoje (28) que o município registrou seu segundo caso de meningite bacteriana em 2019. Uma criança de 12 anos que havia dado entrada ontem (27) em uma unidade da rede municipal de saúde foi transferida para Instituto Fernandes Figueira, na capital fluminense, onde permanece internada.

Diante do ocorrido, a prefeitura afirma que já foram iniciados pelos técnicos da Secretaria Municipal de Saúde o protocolo do Ministério da Saúde. Estão sendo tomadas as medidas necessárias envolvendo os indivíduos que tiveram contato íntimo com a criança e os da escola onde ela estuda.

Por enquanto, os exames laboratoriais iniciais permitiram somente o diagnóstico de meningite bacteriana, sem especificar qual o tipo. A Secretaria Municipal de Saúde afirma estar mantendo as ações regulares de acompanhamento e vigilância de casos suspeitos e confirmados. "Não há surto ou epidemia da doença em nossa cidade, por isso não há motivo para pânico", informou a pasta, que pede ainda à população para não disseminar nas redes sociais informações não oficiais.

Processo inflamatório

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diferentes bactérias, vírus e até fungos e o risco de infecção é maior entre crianças menores de cinco anos, embora possa acontecer em qualquer idade. A transmissão ocorre por vias respiratórias. 

Os sintomas da doença variam e incluem febre, mal estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), entre outros. As formas mais graves, causadas na maioria das vezes por alguns tipos da bactéria meningococo, podem levar à morte. No Brasil, casos de meningite são registrados ao longo de todo o ano, com alguns surtos ocasionais.

No primeiro semestre desse ano, a ocorrência de meningite em presídios do estado do Rio de Janeiro demandaram medidas emergenciais para impedir um surto. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) chegou a organizar uma audiência pública onde foram apontados fatores que facilitariam a transmissão de doenças, como a superlotação das unidades penitenciárias e os problemas estruturais nas celas. A baixa circulação do ar em ambiente confinados facilita a transmissão de enfermidades respiratórias.

A principal forma de prevenir a meningite é por meio da vacinação. No Sistema Único de Saúde (SUS) é ofertada gratuitamente a vacina pentavalente, recomendada para recém-nascidos e responsável pela proteção contra cinco doenças, entre elas a meningite causada pela bactéria Haemophillus influenzae, a mais prevalente no país. Nos últimos meses, porém, houve desbastecimento em postos de saúde em diferentes regiões do país. A situação ainda não é estável, mas novas doses estão sendo distribuídas neste mês pelo Ministério da Saúde. Uma alternativa tem sido recorrer à rede privada, onde há ainda imunizantes que protegem contra outros tipos de meningite bacteriana.

Edição: Aline Leal

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