Com atraso, Hospital de Campanha é inaugurado em São Gonçalo
Prometido pelo governo do Rio de Janeiro para o fim de abril, o Hospital de Campanha de São Gonçalo foi inaugurado hoje (18), com 40 dos 200 leitos em funcionamento. A estrutura receberá apenas pacientes com covid-19, que serão transferidos a partir do encaminhamento da rede pública de saúde.
A unidade foi anunciada no fim de março, quando o governo divulgou que pretendia construir sete hospitais de campanha para fazer frente ao aumento da demanda que era previsto devido à pandemia de coronavírus.
Entre eles, apenas o do Maracanã ficou pronto, com 400 leitos, e mais dois foram inaugurados pela iniciativa privada: o Leblon-Lagoa, na zona sul da capital, e o do Parque dos Atletas, na zona oeste - cada um com 200 leitos. Além destes, a Prefeitura do Rio de Janeiro construiu o Hospital de Campanha do Riocentro.
O Hospital de Campanha de São Gonçalo recebe a partir de hoje pacientes para 20 leitos de enfermaria e 20 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). O número de vagas abertas foi menor do que o total devido à quantidade insuficiente de medicamentos no mercado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). Quando estiver em plena capacidade, a unidade terá 120 leitos de enfermaria e 80 de UTI.
A secretaria prevê que o hospital de campanha de Nova Iguaçu será o próximo a entrar em funcionamento. As outras unidades prometidas são as de Casimiro de Abreu, Nova Friburgo, Duque de Caxias e Campos dos Goytacazes.
O hospital de São Gonçalo será administrado pela Fundação Saúde, da própria SES-RJ, já que o governo do estado rompeu com a organização social Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), após atrasos na construção e uma série de denúncias de irregularidades.