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Saúde

Mapa aponta estado do Rio como de risco alto para a covid-19

Cinco das nove regiões do estado estão em bandeira vermelha
Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/12/2020 - 11:18
Rio de Janeiro
Comércio de rua em Brasília.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O estado do Rio entrou na zona de alto risco (bandeira vermelha) na classificação de risco para covid-19 elaborada pela Secretaria de Saúde. É a primeira vez que isso acontece desde que o governo do estado começou a fazer o monitoramento por meio do Mapa de Risco da Covid-19, em julho.

Das nove regiões do estado, cinco estão classificadas com bandeira vermelha: Metropolitana I, Baía da Ilha Grande, Serrana, Norte e Noroeste, que concentram 75,58% da população fluminense.

A 12ª atualização do Mapa de Risco da Covid-19 indica que as outras regiões (Médio Paraíba, Centro Sul, Baixada Litorânea e Metropolitana II) estão classificadas em bandeira laranja, o que significa risco moderado para a covid-19. A análise compara as semanas epidemiológicas 49 (de 29 de novembro a 5 de dezembro) e 47 (de 15 a 21 de novembro).

De acordo com a Secretaria de Saúde, cada bandeira representa um nível de risco e um respectivo conjunto de recomendações de isolamento social que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

Mapa de risco de covid-19 no estado do Rio de Janeiro
Divulgação/Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Saúde destaca que o Rio de Janeiro apresentou um expressivo aumento no número de internações e de óbitos ao longo das semanas epidemiológicas 47 e 49, relativas ao período de 15 de novembro a 5 de dezembro. “Entre essas semanas a média de internações registradas foi de 2.500 e 507 óbitos. As taxas de ocupação de leitos de UTI também indicam um agravamento do cenário”, apontou.

Taxa de ocupação

A taxa de ocupação de leitos chegou a 77% na UTI e 69% nas enfermarias, com tendência de aumento a partir de 1º de novembro. Há, entretanto, diferenças entre as regiões: a Baía de Ilha Grande e o Noroeste Fluminense estavam com mais de 80% de taxa de ocupação. Nas regiões Noroeste e Metropolitana I houve redução da taxa de ocupação comparado com a semana anterior de apuração.

Na capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais, é de 90%. A ocupação nos leitos de enfermaria atingiu 83%. Segundo a SMS, a rede municipal possui 923 leitos para covid-19, deste total, 293 são leitos de UTI.

Hospitalizações

As unidades da rede municipal estão com 649 pacientes internados, sendo 277 em UTI. Na rede SUS na capital há 1.394 pessoas internadas em leitos especializados, sendo 627 em UTI. Conforme a última atualização, 227 pessoas aguardam transferência para leitos na capital e na Baixada Fluminense, sendo 125 para leitos de UTI covid.

“As pessoas que aguardam leitos de UTI estão sendo assistidas em leitos de unidades, com monitores e respiradores”, informou a secretaria.