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Saúde

Abastecimento de oxigênio no Amazonas está equalizado, diz ministério

Ainda há sobra diária de 8 mil metros cúbicos do gás
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 02/02/2021 - 19:44
Rio de Janeiro
O avião cargueiro KC-390 Millenium transportou um isocontainer, tanque com grande capacidade, com oxigênio líquido de Belém, no Pará, para Manaus, no Amazonas na segunda-feira (01).
© Força Aérea Brasileira

O Ministério da Saúde informou, hoje (2), que a situação do abastecimento de oxigênio no Amazonas já é considerada normal: o consumo hospitalar diário de 80 mil metros cúbicos do gás está coberto, e há sobra de aproximada 8 mil metros cúbicos por dia.

Foi estabelecido um fluxo contínuo de chegada do gás por carretas vindas do Sul, Sudeste e Nordeste do país. Além disso, diariamente, dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) chegam a Manaus, carregados com o produto. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério da Saúde, as ações executadas sob coordenação do ministro, Eduardo Pazuello, fazem parte de uma série de medidas para desafogar a rede hospitalar do estado.

Tanques

Ontem, foi iniciada operação para entregar, de avião, tanques isotérmicos com suplementação de oxigênio. Por via terrestre, é rotineira a chegada de carretas transportando tanques de oxigênio vindos da Venezuela, pela BR-174, e de outras regiões do Brasil, pela BR-319, contando com o auxílio de balsas para completar o trajeto, informou a assessoria do ministério.

Por via marítima/fluvial, o oxigênio é levado de navio para portos mais próximos, no caso é Belém (PA), onde o produto é envasado e embarcado em balsa para fazer o trajeto fluvial até Manaus. O carregamento de 90 mil metros cúbicos da operação realizada esta semana pela Marinha está sendo aguardado para chegada na capital do Amazonas nos próximos dias.

Usinas

O Ministério da Saúde e demais membros do comitê de crise elaboraram ainda um plano para implantação de 62 usinas destinadas ao crescimento da rede de abastecimento no interior. Desse total, 14 já se encontram em funcionamento e quatro estão em fase de implantação em Manaus e em outros municípios amazonenses. O plano contempla também a ampliação de mini usinas de oxigênio para a capital e o interior, visando reduzir a dependência das unidades de saúde do abastecimento externo.

Está também em andamento o processo de substituição da usina do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que gera 670 metros cúbicos de gás por dia, por outra mais robusta, com capacidade para produzir 2,4 mil metros cúbicos por dia. O ministro da Saúde acredita que, com a estabilização do oxigênio, será possível promover a abertura de novos leitos na unidade, para atender os pacientes de covid-19.

Com apoio do Ministério da Saúde e do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), a empresa White Martins, que fornece oxigênio para o Amazonas, também trabalha para expandir a planta de produção de oxigênio. Segundo a companhia, a ampliação da capacidade da unidade vai permitir elevar a produção em mais 6 mil metros cúbicos/dia. 

 

O @minsaude
 tem empenhado esforços para apoiar o atendimento da população no estado e equilibrar o abastecimento de oxigênio hospitalar. 14 usinas geradoras de oxigênio instaladas em Manaus e no interior do Amazonas já estão funcionando.
Diversas usinas de oxigênio instaladas em Manaus e no interior do Amazonas já estão funcionando. - Ministério da Saúde

 

Próximos passos

Os esforços, a partir de agora, serão direcionados para ampliar a oferta de leitos e sanar as filas de espera. Nessa primeira fase, a previsão é abrir mais 150 leitos clínicos e 50 UTIs no estado. 

Em paralelo, o ministério trabalha em conjunto com o Ministério da Defesa e o governo estadual com objetivo de viabilizar a transferência de pacientes para tratamento em outros hospitais do país. Já foram feitas, até o momento, mais de 430 transferências. Os pacientes estão sendo acomodados em leitos de hospitais universitários, disponibilizados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e pelos governos estaduais.