Município do Rio vai testar vacina contra a dengue tipo 1
A cidade do Rio deve testar, até o fim deste ano, uma vacina contra a dengue em população específica. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, essa é uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz e a pasta. A expectativa é vacinar cerca de 40 mil pessoas para verificar o comportamento do imunizante em relação à dengue tipo 1, que circula neste momento no Brasil.
“É uma vacina que foi testada para a dengue 2, a gente quer ver de fato como ela se comporta com o nosso sorotipo circulante hoje que é a dengue tipo 1”, adiantou em entrevista à Agência Brasil.
O teste vai funcionar como um tipo de prevenção dos períodos de verão, quando os casos da doença costumam aumentar. “A gente vai fazer esse teste antes do período do verão obviamente, para poder verificar a eficácia da vacina nos próximos períodos”, disse o secretário.
Soranz afirmou ainda que embora a área onde será feito o teste já esteja definida, não pode revelar, por enquanto, o local porque ainda faltam outras decisões. “A gente já definiu uma área e estamos fechando de fato qual vai ser o tamanho dessa amostra”.
Em nota encaminhada à Agência Brasil no dia 8 de setembro, a farmacêutica Takeda, responsável pelo imunizante contra a dengue, afirma que a vacina foi testada contra os 4 sorotipos da dengue e que sua eficácia foi demonstrada em um amplo estudo clínico. Segundo a empresa, a vacina "previne 80,2% dos casos de dengue sintomática 12 meses após a vacinação e 90,4% das hospitalizações por dengue, 18 meses após a vacinação".
Covid-19
Quanto à vacinação contra a covid-19, o secretário informou que em março do ano que vem o município do Rio fará mais uma etapa de imunização contra a doença. A intenção é manter uma periodicidade semelhante à da vacina contra a gripe que é aplicada anualmente. De acordo com ele, a vacina é eficiente, mas com o tempo a capacidade de imunização vai se reduzindo e, por isso, é preciso renovar a carga de proteção.
“A vacina na covid vai ser feita anualmente, exatamente igual a vacina da gripe. É uma vacina que tem um processo de genicidade muito parecido, ela protege muito, mas essa proteção vai caindo ao longo do tempo. Se a gente não tiver a consciência de que a proteção não dura para sempre, a gente vai abrir margem a ter mais casos de covid na cidade. O Ministério da Saúde já tem recomendado que a gente faça anualmente a vacina da covid-19 e a recomendação é que todas as pessoas que não fizeram a vacina bivalente, procurem uma unidade de saúde para se vacinar e se proteger”, lembrou.
Conforme o secretário, essa etapa vai começar em março. “Sempre vai ficar para o mês de março de cada ano. A ideia é que a gente faça a vacina para a covid, junto com a vacina bivalente”.
Ele fez um apelo às pessoas que ainda estão com o calendário de vacinação contra a covid em atraso, porque a secretaria tem nesta semana 60 mil doses da vacina prestes a vencer. “É muito importante que o carioca não deixe as vacinas vencerem. Procurem uma unidade de saúde para que possamos realmente manter a cidade livre da covid-19 como a gente tem hoje”, pediu.
*Matéria ampliada às 18h do dia 8 de setembro para inclusão de nota da farmacêutica Takeda.