O tratamento preventivo contra a tuberculose tem crescido, especialmente em grupos de maior risco, como pessoas que vivem com HIV e crianças de até 5 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, a organização aponta que, apesar de o valor investido pelos países no cuidado e prevenção da doença ter aumentado em um período de dez anos, as pessoas com perfil para o tratamento preventivo não têm recebido o atendimento adequado.
Enquanto os países de todo o mundo buscam meios para eliminar a tuberculose como principal problema de saúde pública, o avanço de bactérias resistentes aos antibióticos mais usados no tratamento desafiam os especialistas e serviços de saúde que lutam contra a enfermidade. No caso das pessoas com HIV e tuberculose, a necessidade de conciliar grande quantidade de medicamentos aumenta o risco de abandono do tratamento e de suas possíveis consequências devido à baixa imunidade.
O Brasil tem um terço (33%) de toda a carga de tuberculose das Américas e figura no grupo de países que congregam quase 40% de todos os casos de tuberculose do mundo e cerca de 34% dos casos de coinfecção com HIV. O dado preocupa a OMS, que tem visto com “cuidado o que a tuberculose vem causando no país”.
Menos da metade das pessoas que têm tuberculose e foram infectadas pelo vírus HIV tomam o remédio antirretroviral no Brasil. Apenas 41,8% dos pacientes de tuberculose com coinfecção fazem uso da terapia antirretroviral (TARV) no país, enquanto no mundo o percentual foi de 85%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).