Dia Nacional da Música Clássica é comemorado em praça pública no centro do Rio
O Dia Nacional da Música Clássica foi lembrado hoje (5) com um concerto na Cinelândia, no centro do Rio, organizado pela Rádio MEC FM, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O evento marca o dia do aniversário de um dos mais importantes compositores brasileiro do gênero, Heitor Villa-Lobos. Durante as apresentações, transmitidas pela rádio, passaram por lá os duos Sanfonado, Ritmata e Kervokian-Braga, o oboísta Harold Emert, os músicos do Abstrai Ensemble e o violonista Luís Carlos Barbieri.
A data para celebrar a música clássica no Brasil foi criada em 2006, a partir de uma campanha da revista VivaMusical. A votação para a escolha do compositor que iria representar o gênero foi feita entre Heitor Villa-Lobos, Carlos Gomes e Padre José Maurício Nunes Garcia. Villa-Lobos foi o escolhido. Para o coordenador da MEC FM, Thiago Regotto, a celebração é feita do jeito que Villa-Lobos gostava.
"Existe uma produção musical que é feita no país desde que o Brasil é Brasil e ela está muito restrita. O público será surpreendido em meio ao barulho de carro passando, de guarda apitando, por um som de um trio de sanfona, de um trio de cordas, e é esse som novo que a gente está trazendo", explicou Regotto.
Villa-Lobos buscou transpor os limites entre a música erudita e popular. Para o Duo Sanfonado, Priscila Azevedo e Tibor Fittel, a homenagem é fundamental e inspirou o duo a unir em seu repertório o erudito e o popular, como fez Villa-Lobos.
"Eu acho fundamental. O acordeão não é um instrumento inserido no erudito aqui no Brasil, e a gente está tentando trazer esse repertório erudito com o popular por meio dele. Ele [Villa-Lobos] foi uma figura fundamental nisso. Ele usava o popular e colocava essa montagem erudita, inclusive o Mário de Andrade foi um grande incentivador de Villa-Lobos e o considerava o cara responsável por fazer esse link entre a cultura popular e a cultura erudita aqui no Brasil, que é uma coisa incipiente. Ele foi a figura principal no cenário da música erudita no país", observou Fittel.
Priscila disse que mais importante do que aproximar o popular do erudito é entender que não existe limite para música. "Ela é universal. Não existe o limite do que é mais popular ou mais erudito, principalmente esses compositores como o Villa-Lobos. Ele colocou em uma música só diversos ângulos do que pode ser feito".
As pessoas que passavam pelo local paravam para assistir às apresentações musicais. O estudante de comunicação social Matheus Maklister, de 20 anos, afirmou que foi surpreendido com a música na praça.
"É tão bom ouvir música em meio ao estresse da cidade. Sempre ouço música clássica para ajudar na concentração e ouvindo aqui na rua me ajudou a esquecer os problemas que estão ao meu redor, até mesmo do trabalho. Estou passando para ir trabalhar e acredito que terei um dia melhor. Cinco minutinhos aqui já me fizeram relaxar. Tive aquele minuto de paz e tranquilidade".
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