Com Villa-Lobos e Ravel, Osesp arranca aplausos entusiasmados na Virada

Publicado em 22/05/2016 - 14:59 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Sob o sol forte do início da tarde, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) apresentou hoje (22) trechos de composições de Heitor Villa-Lobos no palco montado em frente a Estação Júlio Prestes, na região central da capital paulista, abrindo a programação de um dos principais espaços da Virada Cultural. Em 24 horas, o festival reúne uma extensa programação com música, teatro, dança e outras manifestações na região central e outros pontos da cidade.

A Osesp executou o 1º e 4º movimentos da Sinfonia nº 1 do maestro brasileiro em uma performance que arrancou aplausos vigorosos do público que assistia ao espetáculo ao ar livre, a maioria de pé. Os espectadores usavam sombrinhas e o livreto da programação da Virada para se proteger do sol.

Em um dos poucos pontos em que era possível assistir o concerto à sombra, o estudante de psicologia Tom Cykman apreciava o clima como um componente extra da apresentação. “Acho que é toda uma cena, esse céu claro com as nuvens passando”, disse o jovem, de 22 anos que veio com os amigos de faculdade de Florianópolis (SC) para aproveitar o festival.

Além de Villa-Lobos, a orquestra, regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky também tocou o balé O Pássaro de Fogo, de Igor Stravinsky, composto em 1910, com inspiração em contos russos tradicionais. A terceira e última peça do concerto, que durou cerca de uma hora, foi o famoso Bolero de Maurice Ravel, que emocionou o amigo de Tom, o também estudante João Vítor Lara. “Essa última música me tocou profundamente”, disse o jovem, que aos 21 anos, nunca havia visto uma orquestra ao vivo antes.

A atuação de Karabtchevsky no comando da orquestra impressionou o grupo. “O que mais me tocou foi o maestro extremamente performático”, disse João Vítor. A estudante Ana Zandoná, que também fazia parte do grupo, elogiou a valorização da arte brasileira na escolha do repertório pela Osesp. “Achei muito bacana o resgate do Villa-Lobos. Quando a gente fala de música clássica, a gente fala muito do que vem de fora.”

Edição: Luana Lourenço

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