EUA reuniram até agora 450 crianças maiores de 5 anos com seus pais
O governo dos Estados Unidos reunificou até esta sexta-feira 450 crianças que foram separadas dos seus pais na fronteira, de um total de mais de 2.500 que deve reunir até o próximo dia 26 de julho.
Durante uma audiência em uma corte federal de San Diego, onde corre um processo apresentado contra a administração do presidente americano, Donald Trump, advogados do governo assinalaram que, do total de 2.551 crianças identificadas maiores de 5 anos, apenas 1.606 são elegíveis para a reunificação.
Representantes do Departamento de Justiça destacaram, tal como fizeram na quinta-feira em um relatório enviado ao juiz federal Dana Sabraw, que nos demais casos os pais têm antecedentes criminais ou renunciaram a este benefício, dado que preferem ser deportados sem os seus filhos, entre outras razões.
Os advogados do governo afirmaram hoje que 954 pais já foram entrevistados e receberam a aprovação das autoridades federais e, nesse sentido, esperam que o número de reunificações cresça nos próximos dias, quando se aproxima o fim do prazo imposto pelo magistrado.
O juiz Sabraw reconheceu hoje estar "muito impressionado" com o "grande progresso" feito pelo governo para cumprir o prazo estabelecido, pelo menos entre os menores que já foram considerados elegíveis.
Sabraw declarou inclusive que vê um panorama "promissor" para que se realize o total de reunificações a tempo e de maneira segura para os menores.
A União Americana de Liberdades Civis (ACLU), a organização que entrou com o processo coletivo em nome dos pais separados dos seus filhos, solicitou ao juiz que o governo entregue a lista dos 136 pais que renunciaram ao seu direito de reunificação para assegurar-se que estes tenham compreendido o que isto significa.
O juiz Dana Sabraw ordenou em junho que o governo reunificasse cerca de 3.000 menores que foram separados das suas famílias após cruzar a fronteira com o México como parte da política de Trump de "tolerância zero" com a imigração ilegal.
Na terça-feira passada se cumpriu a primeira parte do prazo dado pelo magistrado ao governo para reunificar as famílias das crianças menores de cinco anos.
O governo devia entregar 103 menores de cinco anos, embora finalmente essa cifra ficou reduzida a pouco menos de 60 devido, segundo o Executivo, a medidas de segurança com os meninos, entre outros motivos.