Painel antecipa comemoração do Dia dos Direitos Humanos na Lapa
A celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro, será antecipada hoje (8) por grupos de teatro na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Para destacar as conquistas e os desafios ainda urgentes nessa área, um painel temático reunirá grupos compostos por LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros), negros, negras, indígenas, mulheres e pessoas de favelas e periferias em uma roda de conversa acompanhada de performances teatrais.
A programação é gratuita e ocorrerá na Avenida Mem de Sá, 33, das 15h às 20h. Os grupos participantes compartilham o método Teatro do Oprimido, criado pelo consagrado teatrólogo Augusto Boal, que propõe que o teatro atue como lugar de transformação humana e social, dando voz a grupos que sofrem exclusões na sociedade. O painel de hoje será o segundo do Circuito Teatro do Oprimido Petrobras.
"Nosso fazer artístico tem tudo a ver com os direitos humanos. Vamos fazer uma roda de conversa para visibilizar e trocar saberes entre minorias que são massacradas", disse uma das coordenadoras do centro do Teatro do Oprimido, Eloanah Gentil. "O convite que eu faço é que os direitos humanos são de todos, e os problemas que a gente quer colocar em pauta são sociais, não são individuais".
O debate contará com a participação da mestre em relações étnico-raciais Carol Netto e da cacique Jurema Nunes de Oliveira. Estão previstas uma performance teatral do grupo Ponto Chic, de Nova Iguaçu, e do grupo Pantera, que abordará os preconceitos e violências sofridos por LGBTs que vivem em favelas. O coletivo Madalena-Anastácia, formado por mulheres negras, tratará da cultura do estupro na peça Nega ou Negra.